PORTAL NIPPOBRASIL ONLINE - 19 ANOS
-
Fale conosco: adm@nippo.com.br   
Terça-feira, 19 de março de 2024 - 0h23
DESTAQUES:
  Empregos no Japão

  Busca
 

SEÇÕES
Comunidade
Opinião
Circuito
Notícias
Agenda
Dekassegui
Entrevistas
Especial
-
VARIEDADES
Aula de Japonês
Automóveis
Artesanato
Beleza
Bichos
Budô
Comidas do Japão
Cultura-Tradicional
Culinária
Haicai
História do Japão
Horóscopo
Lendas do Japão
Mangá
Pesca
Saúde
Turismo-Brasil
Turismo-Japão
-
ESPECIAIS
Imigração
Tratado Amizade
Bomba Hiroshima
Japan House
Festival do Japão
-
COLUNAS
Conversando RH
Mensagens
Shinyashiki
-
CLASSIFICADOS
Econômico
Empregos BR
Guia Profissionais
Imóveis
Oportunidades
Ponto de Encontro
-
INSTITUCIONAL
Redação
Quem somos
-
Caderno Pesca

Em busca dos tucunarés gigantes
Localizada a 450 km de Manaus, Barcelos destaca-se por oferecer grande quantidade da espécie
Fotos: Ilton Toshio Nomura

Paulinho e Alex (acima) e iscas Jaraqui: bons resultados

Marcelo Pinhel e seu tucunaré gigante: troféu de 7 kg

(Texto *Ilton Toshio Nomura)

Quando se fala em tucunarés gigantes, logo pensamos na Amazônia, e dentro dessa região, Barcelos se destaca, não só pela grande quantidade de tucunarés de bom porte que vivem nas suas proximidades, mas também por ser a localidade de onde saiu o recorde mundial de tucunaré, um “paca” de 12,25 kg.

Distante cerca de 450 km de Manaus, o acesso a Barcelos é feito somente via aérea ou fluvial, subindo o Rio Negro, e a cidade vive da pesca e da coleta de peixes ornamentais.

Com uma equipe bem reduzida, optamos por uma pescaria de tucunarés com diferenciação no esquema de pesca, pois sabemos que todos os barcos se dirigem para as mesmas regiões, embora alguns tenham mais facilidade de acesso a lugares mais baixos, devido ao baixo calado de seus barcos e pelo melhor conhecimento de áreas alagadas fechadas, mas não era esse o caso, pois o rio estava transbordando de tanta água.

Tudo isso fez com que nossa opção de embarcação fosse simples, pois o bom atendimento prestado pelo Didi, proprietário da embarcação Amazon Prince, favoreceu muito nossa estada na região.

Nessa aventura, que aconteceu entre os dias 5 e 16 de janeiro, estiveram comigo: Marcos Tadeu, Alex Peres, Marcelo Pinhel, Victor Caggiano, Paulo Armond, Mário Kaneshi, Mitumasa Ikarimoto e Paulo Eduardo Abdo.

Começa a aventura

Pegamos o Rio Negro e seus afluentes na região de Barcelos muito cheios devido a um forte repiquete, que se iniciou em 23 de dezembro, fazendo com que a chance de boa exploração e pesca favorável fossem praticamente dizimadas.

Praticamente não existiam lagoas fechadas nem pontos espraiados ou com barranco aparente e a dificuldade em tirar o peixe dos enroscos era grande.

Percorremos uma boa distância até chegarmos aos rios Ataui e Padauari, muito bonitos, mas também invadidos pelas águas e precisávamos de muita sorte para batalhar o troféu. Na região de mata alagada, o trabalho deve ser insistente, e as iscas muitas vezes bem barulhentas, para atrair o predador para fora da vegetação alagada. Pode se utilizar até iscas desprovidas de anzóis para realizar a busca do peixe e tentar retirá-lo do meio das tranqueiras.

A água estava bem escura, porém cristalina, propícia para a pesca do tucunaré. A temperatura da água superficial estava em torno de 28 graus no rio e um pouco mais elevada dentro das lagoas. Os locais mais produtivos foram espraiados, drop-offs, bicos, pontas de ilhas e entradas de lagoas.

Após muito esforço e incansável trabalho de isca, conseguimos capturar alguns exemplares: Victor (8 kg), Pinhel (7 kg), Alex (9 kg) e Paulinho (5 kg).

O tucunaré amazônico é muito forte, e sua primeira corrida é violentíssima. Por isso, recomendo observar o equipamento, freio e rolamentos da carretilha, vara, linha, leader, garatéias, argolas.... tudo deve ser de primeira qualidade e extra-reforçado para evitar contratempos.

A região de Barcelos continua muito rica em grandes peixes acima de 7 kg. A riqueza e fartura das águas dos rios que cercam a região, as inúmeras lagoas que se fecham e a sua imensidão fazem com que o tucunaré seja um tesouro bem guardado e possa atingir tamanho e peso excelentes.

Há incontáveis locais para se fazer uma boa pescaria em toda a extensão do Rio Negro, e na região de Barcelos, a época começa em novembro, com o nível mais baixo, e deve ir até meados de fevereiro, dependendo da região a ser escolhida.

Vimos muitos peixes grandes, embora não totalmente ativos, mas mostrando a cara e muitas vezes levando a isca embora ou somente rebojando, mesmo com a água excessivamente alta.

Enfim, estivemos em contato com uma equipe cuja filosofia é preservar, e eles passam a mensagem com muita competência, tanto no conhecimento da região como no empenho para levar o turista pescador aos melhores pontos de pesca.

 
Dicas importantes

• Tomar vacina contra febre amarela e antitetânica 10 dias antes da viagem.

• Levar um kit primeiros socorros, com materiais básicos de ferimentos e remédios.

• Levar roupas leves, capa de chuva, boné e protetor solar.

• Se hidratar bastante, pois a região é muito quente.

• Levar uma bagagem pequena e compacta, acondicionando as varas de pesca em tubo protetor.

• Fazer uma revisão geral do equipamento antes da pescaria.

• As linhas de multifilamento são mais apropriadas para segurar os grandes tucunarés.

• Leve também algumas iscas baratas para dar aos moradores das comunidades e piloteiros. Tem muito mais valor que o dinheiro em muitas regiões.

• Alicate de contenção, alicate de corte, cola de linha, uma cordinha e alicate de bico completam a lista de equipamentos.

• Não se esqueça também da licença de pesca. Ela é obrigatória e vale por um ano. Verifique a validade desse documento

Colaboração: Tucuna Travel
Tel.: (11) 5012-5477/ 9724-2790. www.tucuna.com.br

Serviço:
* Ilton Toshio Nomura é pescador esportivo, atua no ramo da pesca há 11 anos e dá assessoria técnica para pescadores iniciantes. E-mail: ilton@tucuna.com.br
 Arquivo - Pesca
Edição 288
Dicas para uma pesca tranqüila
Edição 286
Conheça alguns dos paraísos dos pescadores espalhados pelo Brasil
Edição 285
Variedade de iscas vivas sempre ajuda
Edição 281
Isca araçatubinha: original é feita em madeira
Edição 275
Emater divulga produção de tilápia
Edição 271
Rio Aguapeí: pescaria com muita beleza
Edição 269
Piscicultores precisam melhorar a qualidade do peixe para evitar prejuízos
Edição 263
Ainda há peixes nobres no Rio Paraná
Edição 261
Brasileiros mantêm pesca como hobby no Japão
Edição 259
Carpas coloridas criadas em Mogi das Cruzes
Edição 258
Pesca subaquática no interior de SP
Edição 257
Mexilhão dourado: espécie pode causar danos à piscicultura no MS
Edição 256
Equipe Tucunaguisa em busca de tucunarés entre São Paulo e Mato Grosso do Sul
Edição 254
Corvina: uma pesca muito especial
Edição 253
Desprezadas, piranhas superlotam o Tietê
Edição 252
Descoberta nova espécie de peixe no MS
Edição 250
O tão amado e tão odiado Black Bass...
Edição 249
Tucunaré, peixe de qualquer época nos lagos hidrelétricos do interior de SP
De encontro aos peixes gigantes...
Pesca e stress
Sinta a esportividade do Tucunaré em Panorama
Numa pescaria, o que vale é a AMIZADE...
Marlin-azul tem a primeira marcação eletrônica do Brasil
Conheça os peixes Apapá e o Pampo
Tucunaré, problema ou solução?
Dicas de Pescador
História de pescador
Mulheres na pesca - Sorte ou azar?
As estrelas do inverno
Mulheres nos pesque-pagues
Tambacus, brigadores indiscutíveis
Pescarias nos pesque-pague
Em busca dos tucunarés gigantes
Alto-mar: uma pescaria fascinante
Confira alguns nós mais utilizados nas pescarias
Embarcar numa excursão de pesca vale a pena?

© Copyright 1992 - 2016 - NippoBrasil - Todos os direitos reservados - www.nippo.com.br

O conteúdo dos anúncios é de responsabilidade exclusiva do anunciante.
Antes de fechar qualquer negócio ou compra, verifique antes a sua idoneidade. Veja algumas dicas aqui.

Sobre o Portal NippoBrasil | Fale com o Nippo