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Koshiro Otani
é médico do trabalho
e sanitarista
Email: otani@pulsar.med.br
Telefone: (11) 5575-4417

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Empresa doente (parte I)
Uma empresa doente caracteriza-se pelas atitudes ou comportamentos que atingem um grande número de trabalhadores no mesmo ambiente de trabalho, manifestados por desmotivação, indisposição, déficits na atenção e na vontade de trabalhar, seja dos empregados, chefes, gerentes, seja até dos diretores da empresa.

Tal situação decorre a partir das relações interpessoais inadequadas que levam ao estabelecimento de condições impróprias para o exercício do trabalho e desestrutura a instituição.

Com a organização abalada, as relações sociais alteram-se e provocam a solidão das pessoas pela ruptura dos laços de solidariedade, pelo individualismo e pela competição feroz instalada numa empresa doente.


 

Empresa doente (parte II)
Como prevenir?
1- Quando se percebe que há pouco interesse pelo que está sendo proposto (desmotivação), torna-se necessária a implantação de medidas que melhorem as relações interpessoais no ambiente de trabalho e que interfiram favoravelmente na disposição, na atenção e na vontade de trabalhar das pessoas.

2- Identificar se a indisposição não se trata de atitudes defensivas contra uma pessoa ou mais, que, investida de poder, cria um ambiente autoritário no grupo por ele comandado. Neste caso, indica-se a substituição por uma liderança que partilhe com outras lideranças naturais e que favoreça as diferentes manifestações, criando um ambiente democrático.

3- Desenvolver espírito de equipe, em torno do qual as pessoas se agregam, interagem e criam suas vinculações sociais e ambientais, seus compromissos e suas obrigações.


 

Dependências – Parte I
A dependência pode ser iniciada em qualquer fase da vida. Da internet, por exemplo, pode atingir as mais diferentes faixas etárias; da maconha, do álcool e do tabaco, iniciam-se na adolescência, para citar as mais comuns.

A descoberta de uma dependência por qualquer membro da família tumultua sua dinâmica, gera sentimentos de desespero, angústia e impotência, além de criar um verdadeiro drama familiar na tentativa de buscar um culpado.

É preciso saber que a questão da dependência é complexa, envolve vários fatores e ainda não se sabe as reais motivações que levam uma pessoa a ficar dependente. Portanto, não há culpado.

Em lugar de procurar culpado ou de precipitar reações como verdadeiros policiais, preliminarmente, deve-se levar em conta a pessoa com seus anseios, conflitos e questionamentos e procurar facilitar o conhecimento das razões que motivaram a dependência, ainda que seja uma tarefa difícil.


 

Dependências - Parte II
Para finalizar as considerações sobre a dependência – que pode se iniciar em qualquer fase da vida –, e cuja primeira parte foi publicada na última edição, deve-se obnservar as mudanças de comportamento e a vigilância sobre os hábitos da pessoa, para um possível diagnóstico e encaminhamento precoce para tratamento.

Iniciativas que distanciam o dependente da sua família, por exemplo, forçar a abstenção, fazer chantagens, contratar detetives ou coisa parecida devem ser evitadas.

Também de nada adianta assumir uma culpa exagerada nessa questão nem seu extremo oposto – a falta de implicação nesse processo –, ou, pior ainda, assumir uma posição passiva ante o cenário que se apresenta, tornando-se escravo do dependente com o temor de que possa lhe trazer mais prejuízos.

A família deve tratar essa questão com seriedade e desmistificação ajudada por profissionais especializados a lidar com o assunto.


 

Febre amarela - Parte I
Segundo o Ministério da Saúde, o último surto de febre amarela silvestre (em macacos) ocorreu em janeiro de 2003 e a febre amarela urbana não ocorre desde 1942.

Existe a possibilidade de uma eventual transmissão do vírus para o homem, a partir da picada de um mosquito em um macaco contaminado, porém, os especialistas em saúde pública do país descartam a probabilidade de uma epidemia de febre amarela, especialmente do ciclo urbano da doença.

Em relação aos casos humanos com suspeita de febre amarela silvestre, de dezembro do ano passado até o momento, o Ministério da Saúde confirmou somente um caso. Trata-se do paciente residente em Brasília, que foi a óbito e teve como local provável de infecção o município de Pirenópolis, em Goiás.


 

Febre amarela - Parte II
Nesta segunda e última parte deste artigo sobre febre amarela, é importante ressaltar que outros três casos já foram descartados, sendo que um foi notificado em Goiás, um em Minas Gerais e um em São Paulo.

Como estratégia da rotina de vigilância em saúde, desde 2003, o SUS adotou a vacinação contra a febre amarela para todas as pessoas, acima de seis meses de idade, não vacinadas e as que foram vacinadas há dez anos ou mais, que residam ou estejam em viagem para as áreas de risco.

A vacina deve ser tomada dez dias antes que as pessoas entrem em contato com essas áreas. Portanto, não é necessário tomar a vacina quem já foi vacinado nos últimos dez anos e quem não vai viajar para as áreas de risco.


 

Delinqüencia e dependência - Parte I
Uma parcela, felizmente pequena, da população manifesta desordens de personalidade e se comportam anti-socialmente. São os delinqüentes que não respeitam regras sociais, não têm medo de represálias e conseguem a admiração de outros, também transgressores.

As causas que levam as pessoas a ter esse comportamento são desconhecidas, mas estudos acerca das características de personalidade de gêmeos idênticos, criados no mesmo ambiente, demonstram que eles têm diferenças marcantes a depender dos acontecimentos individuais. Tais estudos reforçam a importância dos fatores históricos e culturais em detrimento à carga genética, vale dizer, cada um é cada um, como se diz popularmente. Cada pessoa é única e sofre as influências do meio em que cresce e as registra da forma como o seu cérebro é capaz.


 

Delinqüência e dependência – Parte II
Os delinqüentes são dependentes, os dependentes não, necessariamente, são delinqüentes. Os dependentes não conseguem modificar sua atitude, mesmo convencidos de que deveriam mudar e os delinqüentes não têm um limitador para suas ações.

As considerações acima reafirmam que, em casos de dependência, os pais não devem se sentir culpados quando vêem seus filhos envolvidos com drogas, internet, jogos e outras dependências. Cabe-lhes, sim, identificar precocemente essa situação e tomar as medidas com a seriedade que ela merece para evitar o seu agravamento.


 Coluna - Dr. Koshiro Otani
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