HISTÓRIA - A Igreja de Santa Rita foi construída com pedras
de Portugal
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(Arquivo NB)
A
abertura da BR101 (Rio-Santos), no final dos anos 70 deu novo
impulso ao turismo em Paraty. O ciclo turístico,
sucedendo à ocupação da cidade em virtude
do caminho do ouro, quando Paraty escoava esse metal
proveniente de Minas Gerais em épocas históricas,
e o ciclo do café, que temporariamente reviveu
as glórias da cidade com a produção de pinga
e de derivados da cana no século XIX, a atividade turística
veio valorizar o potencial natural de Paraty, com seu conjunto
arquitetônico e paisagístico, além de suas
ilhas, praias, e belas áreas florestadas.
Como
muitas outras localidades brasileiras, Paraty também foi
batizada pelos índios. Os Guainás, que habitavam
a região no período pré-colonial, escolheram
o nome da cidade, que significa peixe de rio em abundância.
Parati também é o nome de um peixe encontrado no
Atlântico e no Pacífico que tem parentesco com a
tainha.
O clima
tropical e úmido, com média de 27ºC contribui
para que atividades como o turismo, a pesca, o comércio
e a agricultura sustentem a economia da cidade. Entretanto, a
pequena Paraty possui infra-estrutura e opções de
lazer pensando nos turistas constantes na região, com aeroporto,
casa de câmbio, galerias de arte, pinacoteca, rodoviária,
museu, centro de artes e tradições populares, saveiros
de turismo e operadoras de mergulho.
PARAÍSO - A Praia Vermelha é um espetáculo
à parte para os amantes da natureza
Cidade
histórica, Paraty já oferece como atração
arquitetônica suas ruas com calçamento pé-de-moleque
e suas edificações dos séculos XVIII e XIX.
Dentro dos limites do centro histórico, não é
permitida a circulação de carros. Ruas e construções
históricas da cidade monumento são preservadas e
permitem a apreciação da riqueza dos desenhos de
portas e janelas.
Para
os turistas, o fascinante fenômeno da maré alta é
imperdível. Em toda lua cheia, as águas do mar invadem
Paraty criando um belo efeito visual. Para os que gostam e praticam
mergulho, Paraty também é uma ótima opção.
A cidade possui duas operadoras de mergulho e três lojas
que vendem materiais específicos para a atividade. As atrações
naturais de Paraty não param por aí. O Parque da
Serra de Bocaína divide-se entre São Paulo e Rio
de Janeiro. Dessa divisão, 60% está no Estado do
Rio, e 40% em Paraty. A importância do parque também
é histórica. No século XVII, os caminhos
indígenas foram calçados de pedra por escravos,
de onde surgiram as famosas trilhas do ouro.
ARQUITETURA - Telhados trabalhados em Paraty
Fazendo
divisa com o Parque da Serra de Bocaína, a Área
de Proteção Ambiental de Cairuçú abrange
a parte continental do município e 63 ilhas. De responsabilidade
do Ibama, em Cairuçú, a lei determina a preservação
de 20% do verde de cada lote. Além dessas atrações,
também vale a pena a visita ao Parque da Juatinga, para
a preservação das comunidades caiçaras, o
Parque do Paraty-Mirim, que guarda parte da história colonial
da cidade, e a Área de Proteção Ambiental
da Baía de Paraty, cujo objetivo é impedir a pesca
predatória de crustáceos, moluscos e outras espécies
marinhas.
A cidade
reserva mais uma curiosidade para os turistas que gostam de atrações
históricas: as igrejas de Paraty inclusive a mais
antiga da cidade, a de Nossa Senhora da Conceição
de Paraty-Mirim foram construídas com pedras vindas
de Portugal como lastros em navios que aqui eram deixados para
que, na viagem de volta, os navios fossem carregados de ouro e
outras especiarias brasileiras.
NATUREZA - No Cachadaço, uma amostra do potencial natural
de Paraty
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