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18
de junho de 1908 ~ 18 de junho de 2020
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COLONIZAÇÃO:
Os primeiros núcleos coloniais
O primeiro deles data de 1913, na região de Iguape, batizado
na época de Katsura e constituído por 30 famílias
de imigrantes
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Hiroshi
Saito em sua obra O Japonês no Brasil, divide a corrente migratória
dos japoneses para o Brasil em três grandes períodos.
A primeira fase vai de 1908/1925 e é definida como a fase
de tentativa e de experiência, em que os imigrantes
foram subsidiados, principalmente pelo governo do Estado de São
Paulo.
O segundo
período vai de 1926 até 1941, considerado o auge do
movimento, e foi subsidiado e estimulado pelo governo japonês.
Nessa fase, destaca-se o regime de cotas adotado pelo Brasil em
1935, que reduziu a entrada de imigrantes japoneses. A terceira
fase vai de 1942 até 1953, quando o movimento é retomado
com o reestabelecimento das relações entre Brasil
e Japão.
Enfrentando
dificuldades de adaptação, os imigrantes cumpriram
os contratos com os fazendeiros (alguns fugiram antes de seu término).
A partir de meados da década de 10, a geografia da localização
desses imigrantes começa a mudar. Ao perceberem que seria
impossível ganhar dinheiro como trabalhadores contratados,
saem em busca da independência econômica como lavradores
autônomos ou independentes.
A partir
de 1910, começam a surgir os primeiros sinais para a formação
dos núcleos coloniais. Pode-se dizer que a imigração
no Brasil teve vários tipos de colonização.
Um é o planejado pelas companhias subvencionadas pelo governo
brasileiro. O segundo foi aquele formado pelos próprios imigrantes
em torno de um líder. Outro surgiu da venda de terras chamado
shokuminchi, onde se comercializava lotes em matas virgens de grandes
propriedades. E havia ainda aquele em que japoneses iam adquirindo
terras na mesma área.
O primeiro
dos núcleos data de 1913, na região de Iguape, batizado
de Katsura, constituído por 30 famílias arregimentadas
por Ikutaro Aoyagui, representante do Sindicato de Tóquio
(empresa de colonização). Em 1915, Umpei Hirano começa
a desbravar terras para a formação da Colônia
Hirano, a primeira na Linha Noroeste de SP.
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A
formação dos núcleos coloniais
Os núcleos
formados por japoneses iniciaram-se nos primeiros anos da década
de 10 e dividem-se em cinco tipos básicos:
1
Pequenos agrupamentos formados espontaneamente, que vão
crescendo com o passar dos anos. Núcleos próximos
a São Paulo (Mairiporã, Suzano, Mogi das Cruzes,
Cotia), ou ainda colônias do Vale do Ribeira de imigrantes
de Okinawa (Ana Dias, Cedro, Itariri, Miracatu, etc.);
2
Compra de lotes no interior de São Paulo e norte do Paraná,
comumente são colônias chamadas de shokuminchi. Entre
as pioneiras, estão Hirano, Tokyo, Brejão, Vai-Bem,
entre outras;
3
Compra de terras pelo capital privado do Japão e revenda
aos imigrantes que chegam ao Brasil como proprietários.
Iguape (Registro e outras), Bastos, Tietê (Pereira Barreto),
Três Barras (Assai), Aliança e outras;
4
Formados na época áurea de cultivo do algodão,
concentrando arrendatários japoneses localizados na região
da Média Sorocabana, Paulista, Araraquarense e Douradense;
5
Núcleos oficiais nas terras do governo federal ou estadual.
Primeira e Segunda Monção na linha da Sorocabana
e outras na Bahia, Mato Grosso e região amazônica.
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Disposição
dos japoneses até 1920
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