Em 1908,
Santos já tinha moradores japoneses. Eram sete ou oito famílias,
todas de Okinawa, que voltaram à cidade na condição
de operários urbanos depois de abandonarem a Fazenda Canaã.
No mesmo ano, outras famílias okinawanas, oriundas da Fazenda
Floresta, também chegavam à Santos, passando a trabalhar
como estivadores e operários na pedreira Jabaquara.
Com o
crescente número de japoneses, surgia, em 1913, o primeiro
hotel de japoneses, batizado de Tokyo, aberto por Tsunetaka Enoki.
Seis anos depois, instala-se na cidade a pensão Seikô-Kan.
Foi ali em Santos também que, no dia 2 de março de
1924, seria aberto o primeiro escritório do Consulado do
Japão. Uma pesquisa no ano seguinte já contabilizava
a presença de 406 famílias japonesas na região,
ou 1.632 pessoas, a maioria se dedicando à horticultura e
à pesca.
A prática
da pesca entre os japoneses tornou-se comum ao longo dos anos. Em
1911, há o registro do aparecimento do primeiro núcleo
de pescadores japoneses em São Vicente, vizinha a Santos.
A colônia
japonesa começa a se expandir em sentido a Juquiá,
acompanhando a linha ferroviária que seria construída
a partir de 1912. No decorrer da obra, muitos imigrantes acabaram
também por iniciar novos empreendimentos, especialmente na
área agrícola. Foi assim no distrito de Ana Dias,
na região de Itariri. Historicamente, as seis primeiras famílias
estabeleceram-se por ali em março de 1913.
A ferrovia
Santos-Juquiá foi finalizada em 1914. Após o término
das obras, registrou-se a entrada de mais 20 famílias em
Ana Dias. A vizinha Cedro, com três famílias, também
começava a ganhar características nipônicas.
Em 1918, a região de Alecrim, hoje Pedro de Toledo, receberia
nove famílias que se dedicaram ao cultivo de arroz.
Outras
50 famílias chegaram a Conceição de Itanhaém
(atual Itanhaém) também em 1918. No ano seguinte,
a vizinha Mongaguá já contabilizava famílias
japonesas também.
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