(Fotos:
Museu Histórico da Imigração Japonesa no Brasil)
Os primeiros
japoneses em Pernambuco foram Asanobuske Gemba e seu filho Matsuichi.
Eles chegaram a Recife em 1918, depois de uma breve passagem pelo
Peru. Naturais de Kasaoka, província de Okayama, eles haviam
desembarcado no Peru em 1916. O objetivo era trabalhar como mineiros,
mas não obtiveram sucesso. Depois foram para a Bolívia,
onde alcançaram a Amazônia. De lá seguiram para
Belém e foram se estabelecer em Recife.
Na capital
pernambucana, os Gemba conseguiram um pequeno terreno alugado em
uma casa de moradia modesta à Rua Capitão Araújo
de Miranda, 28, no bairro Cordeiro. Ali começaram com o cultivo
de verduras. Heiji Gemba, outro filho de Asanosuke, conseguiu estabelecer
uma sorveteria na década de 30, na mesma época em
que apareceram outros japoneses que se radicaram em Recife.
Uma das
colônias de maior sucesso em Pernambuco foi a Colônia
Rio Bonito. Os pioneiros foram os senhores Kameoka e Tanabe, em
junho de 1958. Ambos vieram da Usina Aliança, próxima
à cidade de Recife, e ajudaram a iniciar a construção
da colônia, criada pelo Instituto de Imigração
e Colonização, que antecedeu o Instituto de Colonização
e Reforma Agrária (Incra).
Entre
1953 e 1962, três colônias foram criadas pelo governo
brasileiro na Bahia, com o objetivo de povoar e desenvolver áreas
improdutivas e praticamente abandonadas. Foram elas Una, Ituberá
e Núcleo Colonial Juscelino Kubistchek, localizado no município
de Mata de São João.
O primeiro
grupo destinado à Bahia chegou ao Rio de Janeiro em agosto
de 1953, a bordo do navio Amerika Maru, permanecendo dois meses
na Hospedaria dos Imigrantes, até embarcarem no navio Poconé
do Lóide Brasileiro, rumo à cidade de Una. Ao todo
foram 38 famílias, 235 pessoas. A Colônia do Una fica
no município de Antônio da Barra do Una, em plena área
cacaueira, a 527 km de Salvador.
Os japoneses
foram transportados à Bahia em navios, com passagens financiadas
a longo prazo pelo governo japonês. Em abril de 1966, essa
dívida foi cancelada, com o intuito de beneficiar os imigrantes
que não haviam saldado todas as parcelas.
Outras
comunidades de menor porte também atuam na economia agrícola
da Bahia. No baixo-sul encontram-se Taperoá e Nilo Peçanha,
bem próximos uma da outra, no centro, Jacobina, e no oeste,
Barreiras. A Bahia Agro Indutrial Ltda foi criada em 1976, numa
sociedade nipo-havaiana. A empresa foi a primeira do Brasil a cultivar
noz macadamia implantada em 1977 com 20 mudas selecionadas procedentes
do Havaí.
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