(Fotos:
Museu Histórico da Imigração Japonesa no Brasil)
O primeiro
japonês a morar em Rio Branco, no Acre, foi o Peru kudari
Issao Furuno. Ele viera em 1920 de uma cidade chamada Cobija, na
Bolívia, fronteira com o Brasil. Por 40 anos, até
a chegada dos imigrantes em 1959, Furuno nunca teve a oportunidade
de usar a língua japonesa.
Os imigrantes
japoneses chegaram mesmo em abril de 1959. Eram, no total, 44 pessoas
de seis famílias. Outras 47 pessoas de sete famílias
chegaram em junho do mesmo ano na Colônia de Quinarí,
a 30 km de Rio Branco.
Na nova
fase imigratória para o Acre vieram nikkeis de São
Paulo e do Paraná. Nipo-brasileiros de outras diversas profissões
começaram a desembarcar em Rio Branco. O pioneiro entre eles
foi o médico Tetsuo Kawada, que chegou em 1963.
A entrada
de japoneses em Roraima se deu em 1955, quando a região ainda
era território de Rio Branco. Duas famílias teriam
se fixado nos arredores de Boa Vista e outras 11 teriam desembarcado
em uma colônia denominada Taiano. Esses imigrantes que constituíram
o primeiro contingente vieram, na verdade, transferidos da fazenda
de borracha de Belterra, no Pará.
Quando
o segundo contingente de imigrantes chegou em Taiano, em 1961, procedente
do Japão, os imigrantes de Belterra estavam reduzidos a 4
famílias. Esse segundo contingente foi constituído
de 9 famílias e um indivíduo, totalizando 53 pessoas,
formado basicamente por naturais da província de Saga.
Nos anos
de 80, o governo federal anunciou um plano de colonização
de Roraima e recrutou imigrantes de outros Estados. Nessa oportunidade,
cerca de 30 famílias migraram do Nordeste e do Sul para Roraima,
que deixou de ser um território administrado pelo governo
federal para tornar-se um Estado em 1988.
O Amapá,
ainda na condição de território, planejou introduzir
os imigrantes japoneses para desenvolver a agricultura. Colônias
foram estabelecidas em quatro regiões: Matapí, Fazendinha,
Mazagão e Campo Grande.
Mas o
primeiro japonês a visitar o Amapá, porém, foi
o pesquisador Ikushima, da Nantaku, em 1930. O primeiro lavrador
foi Suechishi Fukuoka, da província de Kumamoto, em 1950,
transferido de Tomé-Açú para Fazendinha, onde
cultivou hortaliças.
Em 1953
chegava o primeiro contingente de 24 famílias à Colônia
de Matapí, a 130 km ao norte de Macapá, e cinco famílias
em Fazendinha, a 54 ao sul de Macapá. No ano seguinte entravam
em Matapí o segundo e o terceiro contingentes totalizando
21 famílias, e, em 1957, mais sete famílias ou 43
pessoas, vindas do Japão.
O primeiro
contingente de imigrantes a chegar em Mazagão era composto
por 15 famílias transferidas da fazenda de borracha de Belterra,
em Santarém, em abril de 1955. Esses imigrantes ficaram na
cidade de Mazagão por cerca de um mês apenas, retirando-se
para Belém.
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