Eiji Kumamoto teria sido o primeiro imigrante japonês
no Estado da Paraíba nos anos 40
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(Fotos:
Museu Histórico da Imigração Japonesa no Brasil)
O Maranhão
registra a presença japonesa desde a década de 30.
Um pequeno grupo de nipônicos, procedente da então
Colônia Acará (hoje Tomé-Açú),
no Pará, já dedicava-se à agricultura em São
Luiz, capital maranhense. Nesse primeiro grupo estavam Senkichi
Watanabe, Kanehito Yoshikawa e Tomonori Aramaki.
A presença
dos japoneses no Maranhão é ainda mais antiga se forem
incluídos aqueles que viveram para efetuar pesquisa agrícola
e mineral. Em 1925,o estagiário da Kanebo do Brasil, Hideo
Nakano, visitou o Estado em companhia do consultor Yasuhei Serizawa.
Em 1929, pesquisadores Shoh Matsumoto, Kiyohiko Ishikawa e Shigeichi
Ikushima efeturam estudos mineralógicos. Os Peru kudari também
passaram pela região sem se estebelecer.
Em julho
de 1960, 101 imigrantes de 19 famílias entraram em Rosário,
uma colônia planejada pelo governo do Maranhão, a 80
km de São Luiz. No ano seguinte, 52 imigrantes de 10 famílias
se instalaram na Colônia de Muruaí, a 30 km da capital
maranhense.
Alguns
grupos de japoneses também tentaram se estabelecer em Imperatriz,
Balsas e Timão. Na primeira, o primeiro imigrante foi Sekizo
Shinkai, procedendo dos subúrbios de Belém em 1965.
Posteriormente, outros imigrantes de Belém, São Paulo
e do Paraná também chegaram ao local, totalizando,
no auge, 34 famílias.
Em Balsas,
nas proximidades da fronteira entre Tocantins e Piauí, os
japoneses começaram a chegar por intermédio da Companhia
Agronômica do Estado de Maranhão, que teve a idéia
de desenvolver Balsas por intermédio da sucursal da Embrapa
em Londrina, que recrutava nikkeis do Paraná. O principal
produto cultivado era a soja.
Já
no Piauí, a imigração remonta aos anos 50.
O primeiro japonês a chegar na capital Teresina foi Hajime
Takeshita. Ele e sua família vieram transferidos do Amazonas.
Logo após Takeshita, chegava também Kin-Ichi Miura,
em 1957, com sua família de cinco pessoas. Ambos se dedicaram
à produção de hortaliças e aos produtos
granjeiros.
Desde
1986, nikkeis vêm se dedicando à colonização
das chapadas localizadas no extremo sul do Piauí. Quarenta
e nove famílias de lavradores do Mato Grosso do Sul adquiriram
58 mil hectares de terreno na região de Correntes e se estabeleceram
na região. Dedicam-se à produção de
arroz, soja e milho.
Na Paraíba,
a presença japonesa já era sentida na década
de 40. Algumas famílias viviam instaladas às margens
do Rio Jaguaribe. Muitas acabaram deixando a região após
a eclosão da Segunda Guerra. Assim, costuma-se reportar a
Eiji Kumamoto como um dos principais nomes da imigração
nipônica naquele Estado.
Kumamoto
foi parar na cidade de Princesa Isabel, alto sertão do Estado.
Mas foi João Pessoa a residência oficial
de muitas famílias japonesas oriundas do Japão na
segunda metade do século XX, para trabalhar na Copesbra,
empresa que praticava a pesca da baleia na costa brasileira.
Assim,
até a década de 50, a imigração trouxe
um contingente para o setor primário, como a lavoura e pesca.
Quando a empresa encerrou as atividades, as famílias resolveram
permanecer na região, pois aqui haviam constituído
família e lar, ingressando em atividades típicas da
região, como comércio e serviços.
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