(Fotos:
Museu Histórico da Imigração Japonesa no Brasil)
Vestígios
a presença japonesa em Rondônia são antigos.
Conta a história que os imigrantes do Peru desertaram da
colônia daquele país e se dirigiram para a Bolívia
em pleno auge da borracha. Por volta de 1911, algo em torno de 400
a 500 japoneses já residiam na cidade de Riberalta, Estado
de Bení, em terras bolivianas.
Parte
desses japoneses atravessou o Rio Bení, chegando à
cidade de Guajará-Mirim, em Rondônia. Nesse município,
ainda hoje existem mestiços bolivianos com sobrenome japonês.
Os retirantes
do Peru procedentes de Maldonado, que entraram no Brasil pelo Rio
Madeira, foram para Porto Velho. Takeichi Yamane, que posteriormente
seguiu para Maués, chegou em 1912 a essa região.
Mas oficialmente,
os primeiros japoneses a entrarem em Rondônia foram 29 famílias
ou 180 pessoas, parte do contingente de Tsuji, em julho de 1954.
Eles foram destinados à colônia aberta pelo Estado
para produção da borracha.
O projeto
do governo de Rondônia previa a produção de
borracha, mas sequer haviam preparado as sementes. Os imigrantes
tiveram que começar descendo o rio de canoa, até um
ponto, 90 km adiante para colhê-las. Após a plantação
de borracha, começaram a produzir arroz, milho, mandioca
e banana, entre outros, para serem auto-suficientes.
Ainda
em Rondônia sugiram as colônias de Arquemes e Ji-Paraná.
São colônias abertas pelo Incra em 1962, com a construção
da rodovia federal. São muitos os colonos que vieram do Paraná.
No Rio
Grande do Norte, os imigrantes começaram a chegar em julho
de 1956. O desembarque deles teve uma boa motivação.
Em 1953, o governo estadual solicitou aos órgãos competentes
o aproveitamento de vales úmidos, objetivando inicialmente
a criação da Colônia no Pium.
Dessa
maneira, através de providências da Diretoria de Colonização,
o Instituto Nacional de Colonização e Imigração
fez chegar ao Rio Grande do Norte, dez famílias japonesas
em julho de 1956, o que iria constituir o primeiro e único
trabalho sistemático e planejado de colonização
no Nordeste do Brasil. Essas famílias se instalaram em terras
do Pium, ao lado de 35 outras famílias brasileiras. Nos primeiros
anos, os colonos receberam assistência médica, escolar
e agrícola.
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