Arquivo
NB / Antônio José do Carmo*
É
sagrado. Na Associação Naguisa, de São Paulo,
um grupo de oito associados, duas vezes por ano, marca uma data,
normalmente nos meses de março e outubro, para uma boa
pescaria. Alguns pedem alvará em casa, não
assumem nenhum outro compromisso por três dias, pegam uma
Van e vão embora para perto do Mato Grosso ou Goiás.
Para
isso, durante o ano todo, depositam mensalmente um certo valor
num fundo que criaram para custear as viagens. Assim, como dizem
todos, não pesa no bolso de ninguém, além
da vantagem de se criar um compromisso.
É
uma viagem longa e cansativa, mas a equipe Tucunaguisa não
liga. Não é para menos. Durante a viagem toda, vão
jogando baralho, utilizando uma mesa especialmente desenhada e
fabricada por um dos integrantes, Milton Sugahara.
Todos
eles vão em busca de um tipo peixe: o tucunaré,
daí o nome da equipe. Equipe? Sim, mas não
tem esse negócio de competição. A gente vai
lá para se divertir, afirma Norio Miyahara, outro
membro do grupo. Se dá peixe ou não, não
me interessa! O gostoso é ir lá e curtir diz
Mitio Tanaka.
Os
membros da equipe Tucunaguisa foram, em abril, para Panorama,
na divisa dos Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul.
Trouxeram muito peixe? Bem,mas tem muito assunto para conversa,
dizem.
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