Margareth
Buzo acompanhava
o pai nas pescarias
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(Texto: Ilton
T. Nomura /Fotos: Divulgação)
Embora o título
possa parecer um tanto machista, a verdade é uma só: nunca
tantas mulheres participaram de pescarias como atualmente. Habituado a
formar grupos de pesca, observei que cada vez mais, a presença
de mulheres e crianças era maior e que o preconceito contra a presença
delas diminuia.
Acabando com
o mito que mulher em pescaria dá azar, elas não são
só mais caprichosas no seu arsenal, como desenvolvem outras habilidades
inerentes à elas e enfeitam o redor dos lagos e a paisagem encarando
os pescadores palmo a palmo no tamanho dos peixes e no conhecimento do
equipamento.
Dando apelidos
às isquinhas, enfeitando as caixas de pesca e colocando a mão
na massa, cada vez mais bonés cor de rosa, tiaras, fitas, batons,
espelhinhos e outras bugigangas são comuns nos barcos de pesca
e a delicadeza ao segurar os peixes, num misto de alegria, encanto, emoção
e medo são a marca registrada de muitas pescarias.
Ah, se demoram
para arrumaremse? De jeito nenhum! Na pescaria, acordam cedo e se arrumam
rapidamente. A pesca propicia às mulheres uma praticidade e rapidez
incríveis na montagem do figurino e na maquiagem, composto de short,
bermuda ou calça esportiva, camisa ou camiseta e um biquini ou
maiô por baixo. Simples, não? Muitas vezes elas se rivalizam
com os parceiros na busca do maior peixe e se orgulham dos seus troféus
conquistados em meio ao ambiente machista que, às vezes as cercam,
contando suas proezas e se vangloriando das lutas memoráveis com
os peixes.
Lilian Lurico
é uma dessas fortes adeptas da pesca esportiva. Médica,
praticante do fly fishing, tem na pesca uma verdadeira paixão.
Não se incomoda em misturar-se com os homens, nem que seja a única
mulher presente. Participa de grupos de pesca e até começou
a confeccionar as suas próprias iscas. Se encanta com os lugares
e é detalhista ao extremo, conhecendo nomes e marcas de materiais
na ponta da língua.
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Dalva Leite,
empresária de Brasília, após separar-se de seu marido
e com dois filhos que a acompanhavam nas pescarias já crescidos,
vivencia uma nova experiência: a de aderir a novos grupos de pesca
e não se intimida com a presença dos machões. Ela
arruma a sua tralha e coloca o pé na estrada para o seu encontro
com os peixes. Já foi rejeitada em grupos do Bolinha,
mas convicta, procura o seu espaço e fica feliz só com o
ambiente de pesca e o convívio com a natureza.
Andréa
Barbosa, jornalista, viu na pesca a emoção de se aventurar
por locais selvagens, curtir um pouco o sol sem ficar parada à
toa, arremessando suas iscas artificiais e conhecer locais novos.
Tatiana Soster,
gaúcha, analista de sistemas, encontrou a graça na pesca
através de seu namorado André. Embora não tenha se
encantado ainda com o hobby que enfeitiça o namorado, se esforça
para poder estar presente nos seus momentos de alegria. Esforçada,
não desanima mes-mo nas situações mais difíceis.
Margareth Buzo,
por sua vez, foi quem iniciou um jovem amigo a fazer suas primeiras pescarias.
Do interior de Sorocaba, acompanhava seu pai nas incursões e hoje
rivaliza com o seu discípulo na pesca do maior exemplar. Ele
ainda chega lá, gaba-se Margareth referindo- se às
constantes vitórias por parte dela na pesca. Brigas? Não,
no final, tudo acaba numa cervejinha bem gelada.
Enfim, para
as mulheres que praticam hoje a pesca esportiva e querem encontrar grupos
familiares receptivos, os organizados pela Tucuna Travel são muito
bons, com pessoal de altíssimo nível e passeios elaborados
com segurança e conforto. Você pode preparar a sua tralha
sem medo.
Sorte ou azar??
Sorte delas conhecer a pesca e azar do pescador que não tem uma
mulher que goste também do esporte...
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