Quem
é novo no mundo da pesca, quer investir tempo nesse novo
hobby e pretende aproveitá-lo não só para
fugir do estresse diário, mas também para desenvolver
novas habilidades, é preciso ficar atento aos detalhes
legais. As precauções são necessárias
para que o divertimento não seja frustrado por algum
eventual problema gerado pela falta de conhecimento e de dicas
para uma boa pesca.
Para
os pescadores iniciantes e mesmo aqueles que costumam praticar
a pesca de forma desatenta, é bom conhecer a legislação
aplicada aos adeptos dessa atividade de acordo com as orientações
e determinações do Instituto Brasileiro do Meio
Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Já
para quem está se aventurando agora nesse novo passatempo,
é bom conhecer as regiões de pesca brasileiras
e as principais características de cada uma. As dicas
são úteis e podem auxiliar o pescador a escolher
o ambiente ideal para sua pesca e especificar os peixes de maior
interesse, de acordo com sua ocorrência em cada região
do Brasil. Veja os boxes e anote as dicas!
Pescaria por todo o Brasil
Veja algumas características das grandes regiões
de pesca do Brasil:
Bacia
Amazônica A maior bacia hidrográfica
do mundo também possui a maior diversidade de peixes
do planeta: cerca de 2.500 a 3 mil espécies. Entre os
peixes esportivos, estão: apapás, aruanã,
bicuda, cachorra, dourada, jaú, piraíba, jurupoca,
piranha, tambaqui, traíra, pescada, tucunaré,
entre outros. Os rios mais conhecidos pela infra-estrutura pesqueira
oferecida são o Negro, o Madeira e o Uamutã.
Bacias
do Atlântico Sul As pequenas e médias
bacias hidrográficas encontradas ao longo do litoral
são chamadas de Bacias do Atlântico Sul. Elas se
dividem em três regiões: NorteNordeste, Leste
e SudesteSul. No trecho NorteNordeste, a grande
quantidade de tarpão encontrada no Amapá gera
boas condições para a pesca esportiva dessa espécie.
Nos trechos Leste e SudesteSul, a inserção
da truta arco-íris teve ótima adaptação.
Bacia
do São Francisco A única bacia totalmente
brasileira possui cerca de 150 espécies de peixes já
identificadas. Apesar dos problemas ambientais da região,
alguns lugares ainda podem oferecer uma boa pescaria. Dourados,
surubins, matrinxãs, piaparas, corvinas, traíras
entre outras espécies podem ser capturadas em suas águas.
Bacia
do Prata A segunda maior bacia da América
do Sul. No último trecho não represado do Rio
Paraná, mais de 200 espécies podem ser encontradas.
No Pantanal Mato-Grossense, os pescadores amadores costumam
capturar pacus, pintados, cacharas, piranhas, dourados, piraputangas,
jurupocas, barbados, entre outros. No Rio Uruguai, a pesca amadora
ainda não é muito praticada, apesar do grande
potencial que ele oferece.
Bacia
Araguaia Cerca de 300 tipos de peixes já foram
encontrados nessa bacia. Anualmente, são 18 mil pescadores
entre os Rios Araguaia, Aruanã e Luiz Alves. Algumas
espécies: pacu-caranha, matrinxã, pirarucu, piau-flamengo,
pacu-prata, sardinha, corvina, traíra entre os peixes
de escama; e filhote, cachara, barbado, pirarara, jaú,
mandubé e surubim-chicote entre os peixes de couro.
Fonte:
Programa Nacional de Desenvolvimento da Pesca Amadora (PNDPA)
Pescador,
fique atento à legislação!
Para os pescadores amadores, o Ibama solicita o licenciamento
para a pesca (válido em todo o território nacional)
e, uma vez cadastrado em qualquer região do País,
não é preciso pagar a licença estadual.
Entretanto, as normas estaduais devem ser respeitadas, caso
sejam mais restritivas do que as normas federais.
São
dispensados da licença para a pesca amadora o pescador
desembarcado, que utiliza somente linha de mão ou vara,
linha e anzol; o menor de 18 anos, não tendo direito
à quantidade de pescado prevista em norma; e o aposentado
ou maior de 65 anos (60, no caso das mulheres), desde que não
afiliado a clubes ou associações de pescadores
amadores.
O
limite de cota de captura e transporte por pescador é
de 10 kg mais um exemplar para águas continentais e 15
kg mais um exemplar para águas marinhas e estuarinas.
Outro
fator a ser respeitado pelos pescadores é o período
da piracema, quando os peixes sobem os rios para desova e procriação.
Anualmente, entre os meses de outubro e novembro, o Ibama edita
portarias para definir o período de defeso
da piracema em cada bacia hidrográfica.