(Reportagem:
Juliana Ozawa | Fotos: Divulgação / Cedida)
Com a chegada do inverno, o cuidado com a saúde deve ser
redobrado. Nessa época do ano, as doenças envolvendo
as vias aéreas superiores (nariz, garganta e seios nasais)
tendem a ser mais freqüentes. A exposição ao
ar frio e poluído faz com que o organismo fique mais suscetível
a ação de vírus e bactérias. As
pessoas tendem a ficar agrupadas em locais com pouca ventilação.
Isso acaba facilitando a contaminação, alerta
Hakaru Tadokoro, pneumologista da Unifesp. A seguir, saiba um
pouco mais sobre a pneumonia e alguns toques para evitar que o
mal o pegue desprevenido.
O
que é?
É um processo infeccioso dos pulmões que leva
à inflamação dos alvéolos (responsáveis
pela renovação do oxigênio no sangue). Nas
vias aéreas superiores há cílios que jogam
as impurezas do ar para a mucosa que reveste a região,
formando o catarro (secreção cheia de vírus
e bactérias). Na época do frio, as defesas
ficam mais comprometidas e há a diminuição
do movimento desses cílios, aponta Tadokoro.
Tipos
As pneumonias bacterianas são causadas por bactérias,
como os pneumococos. Já as pneumonias viróticas
são causadas por vírus. A pneumonia viral é
mais comum em crianças com menos de 5 anos, em pessoas
com mais de 65 anos e pacientes com Aids. Nesses casos, a suscetibilidade
pode ser explicada pelas defesas do organismo serem mais baixas.
Sintomas
Febre alta (acima de 39o C), rosto avermelhado, calafrios,
dor no peito, tosse seca, catarro vermelho-acastanhado, respiração
difícil. A febre e a inflamação podem durar
de cinco a 11 dias.
Transmissão
e prevenção
Os germes presentes nas secreções do nariz
e da boca do doente podem infectar outra pessoa por via nasal
ou bucal. Caso esteja gripado, evite tossir ou espirrar na frente
de outras pessoas e evite aglomerações. É
recomendável tomar uma vacina antigripal anualmente antes
do inverno. A vacinação contra as bactérias
pneumococo e influenzae também é indicado a cada
cinco anos.
Tratamento
Na pneumonia bacteriana, o tratamento é feito à
base de antibióticos. Já na virótica não
há muito o que fazer. Repouso e medicamentos que aliviem
o mal-estar conseqüente da doença são recomendados.
De resto, o organismo se incumbirá de expulsar o vírus
invasor. Mas assim que os primeiros sintomas aparecerem, Tadokoro
recomenda: procure um médico e não tome antibióticos
por conta, pois a doença pode evoluir para um quadro mais
grave.
|