(Dr.
Pedro Assaf Júnior)
Esta
doença é a segunda maior causa de morte por câncer
em homens a partir dos 50 anos de idade. Na cidade de São
Paulo são diagnosticados 22 casos novos a cada 100 mil
habitantes por ano.
Segundo
estatísticas americanas, a probabilidade de desenvolver
câncer de próstata é inferior a 1 em 10 mil
homens com menos de 39 anos; de 1 em 78 homens entre 40 e 50 anos
de idade; de 1 em cada 8 homens entre 50 e 60 anos e de 1 em 6
homens entre 60 e 70 anos. A causa desta enfermidade é
desconhecida. Acredita-se que anormalidades genéticas e
fatores ambientais sejam os responsáveis.
Citamos
como exemplo de fator ambiental: há estudos em andamento
que sugerem que o risco de câncer de próstata entre
os japoneses que emigraram para os Estados Unidos seja maior do
que os que permaneceram no Japão.
Como
exemplo que sugere que anormalidades genéticas estão
envolvidas, nota-se o aumento do risco relativo caso o pai ou
o irmão do indivíduo tenha tido câncer de
próstata.
Em
seus estágios iniciais, o câncer de próstata
é desprovido de sintomas, sendo que somente nessas fases
ele é curável. Por esta razão é que
se recomenda a avaliação anual da próstata
nos homens acima de 45 anos de idade.
Como
detectar a doença
A avaliação
inicial é feita pelo toque retal e um exame de sangue que
dosa o PSA (Antígeno Prostático Específico
do inglês Prostatic Specific Antigen).
O toque
retal consiste no exame da próstata pelo médico
urologista que usando uma luva lubrificada, introduz o dedo no
reto do paciente para avaliar, por meio do tato, as características
da próstata. Esse procedimento é bastante simples
e rápido, causando pouquíssimo desconforto para
o paciente.
Um
alto nível de PSA no sangue poderá indicar a existência
do câncer de próstata. Caso
haja fortes indícios notados através dos exames
acima citados, o urologista solicitará uma ultra-sonografia
transretal de próstata com biópsia.
Esse
exame consiste na introdução de um pequeno instrumento
no reto do paciente, permitindo a visualização da
próstata em um monitor de televisão. O médico
ultra-sonografista, então, coleta amostras do tecido prostático
mediante o uso de agulhas.
As
amostras são examinadas por um médico patologista
que determina a presença ou ausência de células
cancerígenas.
Na
confirmação do câncer, o urologista irá
solicitar outros exames para decidir o tipo de tratamento.
Tratamento
Dependendo
do grau da doença, o urologista irá propor diferentes
formas de tratamento.
Nos
estágios iniciais, pode-se realizar a cirurgia que é
denominada prostatectomia radical, onde se retira toda a próstata
juntamente com as vesículas seminais.
A radioterapia
em suas várias modalidades é outra opção
para os casos iniciais.
Para
estágios mais adiantados, onde já não há
mais possibilidade de cura, é indicado o uso de medicamentos
que reduzem a quantidade ou inibem a ação da testosterona,
que é um hormônio masculino utilizado pelo câncer
como fonte de crescimento. A cirurgia utilizada para reduzir a
quantidade de testosterona no homem é a castração
(orquiectomia bilateral).
Essas
modalidades de tratamento citadas no parágrafo anterior
são agrupadas sob o nome de hormonioterapia.
A quimioterapia
tem pouco efeito sobre o câncer de próstata e é
somente empregada para aliviar os sintomas causados pela enfermidade
nos estágios mais avançados, que cessaram de responder
aos outros tratamentos disponíveis.
O sucesso
do tratamento não é de domínio exclusivo
dos médicos, os pacientes também são responsáveis.
Solicite toda a informação disponível, converse
abertamente com seu urologista sobre as opções terapêuticas
para que, deste modo, ambos possam eleger o tratamento mais adequado
a ser seguido.
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