Arquivo NippoBrasil - Edição 127 - 24 a 30 de outubro de 2001

Câncer no estômago na população nikkei

Manami Inoue, pesquisadora japonesa: é preciso um estudo científico
 

Desde a segunda quinzena de outubro, pesquisadores brasileiros e japoneses, através da Abjica (Associação dos Bolsistas da Japan International Cooperation Agency – São Paulo) e da Aichi Cancer Center (ACC), trabalham na nova fase do Estudo Cooperativo Brasil-Japão, projeto que visa a coletar dados referentes à incidência do câncer gástrico entre a população nikkei. A pesquisa espera atingir 300 famílias de descendentes de japoneses residentes na cidade de São Paulo, em um total estimado entre 1,2 e 1,5 mil pessoas.

“Nós vamos tentar definir a rota de transmissão da bactéria, o modo de transmissão dela, que ainda não está muito claro, porque existem muito poucos estudos. É importante manter este intercâmbio, pois o Japão está muito adiantado em relação ao Brasil. É interessante que este projeto seja divulgado, pois estamos chamando as pessoas a contribuírem, uma vez que a participação é voluntária”, afirma Lucy Ito, médica e bolsista da Jica na área de epidemiologia e prevenção do câncer.

A infecção gástrica provocada pela bactéria Helicobacter pylori (HP) é hoje um dos maiores problemas públicos de saúde do Japão e representa 17,9% das mortes decorrentes de câncer. A doença ataca principalmente as partes medianas e inferiores do estômago, e a melhor forma de prevenção é através da redução do uso de sal nos alimentos e maior ingestão de frutas.

Segundo Manami Inoue, pesquisadora da Divisão de Epidemiologia e Prevenção do Instituto de Pesquisa em Câncer de Aichi, no Japão, e que esteve no País para o 1º Encontro Internacional Brasil-Japão em Câncer Gástrico, que aconteceu no dia 9 deste mês na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, a incidência do tumor entre os japoneses tem se mantido, após acentuado crescimento nas últimas décadas. O motivo seria a alteração no estilo de vida e, principalmente, na alimentação. “Em termos de dados estatísticos e números, o Brasil ainda é muito deficiente. A idéia é passar para todos que é importante fazer um acompanhamento. Não adianta somente diagnosticar. Tem que se obter esses dados e fazer um estudo científico”, declarou.

 
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