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Arquivo
NippoBrasil - Edição 17 a 23 de maio de 2001
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Kansai:
Redescobrindo as belezas da região
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(Fotos:
Divulgação)
Desenvolver e resgatar as atenções turísticas
para a região de Kansai, na área central do Japão,
considerada a segunda potência econômica do país,
é um projeto que vem sendo colocado em prática
por algumas organizações japonesas. Formada por
oito províncias (Osaka, Quioto, Nara, Hyogo, Shiga, Wakayama,
Mie e Fukui), Kansai tornou-se foco das atenções
com a inauguração do seu Aeroporto Internacional
em setembro de 94, abrindo uma nova porta de entrada para os
estrangeiros. Com isso, foi criado o projeto Rekishi Kaido (Rodovia
da História), com o objetivo de atingir três metas
principais: a criação de uma base de transmissão
das informações sobre a cultura japonesa; de uma
nova área de lazer e o ressalto das qualidades das comunidades
locais.
Além
de passar por locais de grande importância histórica,
a Rekishi Kaido é uma rota que leva à história
e à cultura do Japão. Nas províncias que
fazem parte da região de Kansai, são grandes os
esforços que vêm sendo desenvolvidos com o objetivo
de se criar um ambiente que realce e valorize todos os aspectos.
Abalada
pelo terremoto que assolou a região, Kansai recupera-se
com uma rapidez surpreendente, contando também com as
doações de órgãos privados de vários
países e colaborações da população.
A recuperação econômica vem ocorrendo, resultante
das reconstruções da infra-estrutura industrial
e portuária. Atualmente, já estão sendo
executados projetos gigantes como a Cidade da Ciência
e da Cultura, a Ponte Pênsil mais extensa do mundo, a
Grande Ponte do Canal de Akashi e a exploração
da área na Baía de Osaka.
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Principais
pontos turísticos
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Nara
A
42 km ao sul de Quioto, é uma cidade mais antiga que Quioto.
Foi a capital do Japão entre 710 e 784, e teve papel muito
importante na história, sendo o berço da arte, técnica,
literatura e indústria do país. No auge de sua glória,
Nara possuía magníficos palácios, templos
e solares, e abrangia uma área muito maior do que a cidade
de hoje. Incêndios devoraram muitos daqueles edifícios,
e também os anos têm destruído uma boa parte
deles.
Algumas
das estruturas, porém, juntamente com os seus tesouros,
têm-se conservado até hoje, quase em sua forma original.
Os que visitam Nara ficarão sem dúvida impressionados
com sua cultura, desenvolvida já nos primórdios
da história japonesa. Entre os lugares que merecem uma
visita estão o Parque de Nara, o Templo Xintoísta
de Kasuga (com edifícios pintados de vermelho vivo e numerosas
lanternas metálicas), o Templo Todajii (internacionalmente
famoso por sua colossal imagem de Buda, em bronze, fundida no
ano de 749, com 2 metros de altura) e o Templo de Horyuji (fundado
em 607, nos arredores da cidade, a mais estrutura de madeira do
mundo, contendo riquezas de inestimável valor).
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Osaka
A
553 km de Tóquio, é o centro comercial e industrial
do Japão ocidental. É a segunda maior cidade do
país, com população de 2,5 milhões
de habitantes. Localiza-se na foz do Rio Yodo, que deságua
na Baía de Osaka, cruzada por uma rede de canais que atravessam
suas ruas movimentadas.
Historicamente,
Osaka gozou de prosperidade sob o nome de Naniwa e especialmente
a partir de 1584, quando nela foi construído o castelo
de Hideyoshi Toyotomi, o shogun dominante da época. Como
cidade clássica, ela se orgulha do teatro kabuki e do teatro
de marionetes bunraku, formas dramáticas de grande originalidade,
e do joruri, um tipo de balada dramática.
Os
pontos turísticos mais importantes são o Castelo
de Osaka (famoso por seu tamanho e as grandes pedras de granito
usadas em suas muralhas), o Templo Xintoísta de Temmangu,
o Templo Shitennoji ou Tennoji (que remonta ao ano de 593), o
Templo Xintoísta de Sumiyoshi (dedicado aos viajantes marítimos),
o Centro Cívico de Nakanoshima, o Centro Comercial Subterrâneo
de Umeda (com numerosas lojas e restaurantes).
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Quioto
Com
uma população em torno de 1,4 milhão de habitantes,
é testemunha da vida, da glória, e esplendor da
antiga cultura do Japão. Foi a capital do país e
o centro de civilização da nação por
mais de dez séculos, de 794 a 1868. Além das duas
magníficas vilas imperiais, Quioto possui cerca de 400
templos xintoístas e 1650 templos budistas erigidos em
suas ruas e avenidas, traçadas há 1200 anos.
A beleza
de sua arquitetura e os objetos de arte de sua propriedade são
documentos que contestam um período histórico bastante
próspero. Os jardins japoneses, cuja visão panorâmica
é um perfeito equilíbrio da natureza, em que se
harmonizam rochas, plantas, areias e águas correntes, constituem
um ambiente belo e suntuoso. Em Quioto, existem 60 desses encantadores
jardins que são também parte da herança cultural.
Além
de tudo isso, a cidade é o centro das indústrias
tradicionais, produzindo artigos altamente refinados, tais como
o tecido de seda Nishijin, quimonos de tintura especial conhecidos
como Yuzen, bordados, cerâmicas, artigos de laca e bonecas.
Quioto também abriga uma série de festivais, sendo
o seu calendário rico em festas alegres em que o espectador
revive a elegante vida dos tempos do passado.
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Kobe
Com
uma população de 1,5 milhão de habitantes
e a 33 km a oeste de Osaka, é o maior porto de comércio
do Japão, e o portão de entrada da região.
Tem nas suas costas os Montes Rokko e é banhado pelas águas
da Baía de Osaka. A partir de Kobe, pode-se visitar muitos
locais belos e de valor histórico, como as praias de Suma,
Maiko e Akashie, a ilha de Awaji, a maior de todas as ilhas do
Mar Interior de Seto. A cidade de Kobe está cheia de relações
com o Brasil. Dela saíam navios japoneses cheios de imigrantes
para o Brasil.
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