(Texto
e fotos: Arquivo NippoBrasil)
Desenvolver
e resgatar as atenções turísticas para a
região de Kansai, na área central do Japão,
considerada a segunda potência econômica do país,
é um projeto que vem sendo colocado em prática por
algumas organizações japonesas. Formada por oito
províncias (Osaka, Quioto, Nara, Hyogo, Shiga, Wakayama,
Mie e Fukui), Kansai tornou-se foco das atenções
com a inauguração do seu Aeroporto Internacional
em setembro de 94, abrindo uma nova porta de entrada para os estrangeiros.
Com isso, foi criado o projeto Rekishi Kaido (Rodovia da História),
com o objetivo de atingir três metas principais: a criação
de uma base de transmissão das informações
sobre a cultura japonesa; de uma nova área de lazer e o
ressalto das qualidades das comunidades locais.
Além
de passar por locais de grande importância histórica,
a Rekishi Kaido é uma rota que leva à história
e à cultura do Japão. Nas províncias que
fazem parte da região de Kansai, são grandes os
esforços que vêm sendo desenvolvidos com o objetivo
de se criar um ambiente que realce e valorize todos os aspectos.
Abalada pelo
terremoto que assolou a região, Kansai recupera-se com
uma rapidez surpreendente, contando também com as doações
de órgãos privados de vários países
e colaborações da população. A recuperação
econômica vem ocorrendo, resultante das reconstruções
da infra-estrutura industrial e portuária. Atualmente,
já estão sendo executados projetos gigantes como
a Cidade da Ciência e da Cultura, a Ponte Pênsil mais
extensa do mundo, a Grande Ponte do Canal de Akashi e a exploração
da área na Baía de Osaka.
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Principais
pontos turísticos
Nara
Capital do Japão entre 710 e 784, foi o berço da
arte, técnica, literatura e indústria do país.
No auge de sua glória, Nara possuía magníficos
palácios, templos e solares, e abrangia uma área
muito maior do que a cidade de hoje. Incêndios devoraram
muitos daqueles edifícios e também os anos têm
destruído uma boa parte deles.
Algumas das
estruturas, porém, juntamente com os seus tesouros, têm-se
conservado até hoje, quase em sua forma original. Os que
visitam Nara ficarão sem dúvida impressionados com
sua cultura, desenvolvida já nos primórdios da história
japonesa. Entre os lugares que merecem uma visita estão
o Parque de Nara, o Templo Xintoísta de Kasuga (com edifícios
pintados de vermelho vivo e numerosas lanternas metálicas),
o Templo Todajii (internacionalmente famoso por sua colossal imagem
de Buda, em bronze, fundida no ano de 749, com dois metros de
altura) e o Templo de Horyuji (fundado em 607, nos arredores da
cidade, a mais estrutura de madeira do mundo, contendo riquezas
de inestimável valor).
Osaka
A 553 km de Tóquio, é o centro comercial
e industrial do Japão ocidental. É a segunda maior
cidade do país, com população de 2,5 milhões
de habitantes. Localiza-se na foz do Rio Yodo, que deságua
na Baía de Osaka, cruzada por uma rede de canais que atravessam
suas ruas movimentadas.
Historicamente,
Osaka gozou de prosperidade sob o nome de Naniwa e especialmente
a partir de 1584, quando nela foi construído o castelo
de Hideyoshi Toyotomi, o shogun dominante da época. Como
cidade clássica, ela se orgulha do teatro kabuki e do teatro
de marionetes bunraku, formas dramáticas de grande originalidade,
e do joruri, um tipo de balada dramática.
Os pontos
turísticos mais importantes são o Castelo de Osaka
(famoso por seu tamanho e as grandes pedras de granito usadas
em suas muralhas), o Templo Xintoísta de Temmangu, o Templo
Shitennoji ou Tennoji (que remonta ao ano de 593), o Templo Xintoísta
de Sumiyoshi (dedicado aos viajantes marítimos), o Centro
Cívico de Nakanoshima, o Centro Comercial Subterrâneo
de Umeda (com numerosas lojas e restaurantes).
Quioto
Com uma população em torno de 1,4 milhão
de habitantes, é testemunha da vida, da glória,
e esplendor da antiga cultura do Japão. Foi a capital do
país e o centro de civilização da nação
por mais de dez séculos, de 794 a 1868. Além das
duas magníficas vilas imperiais, Quioto possui cerca de
400 templos xintoístas e 1650 templos budistas erigidos
em suas ruas e avenidas, traçadas há 1200 anos.
A beleza de
sua arquitetura e arte demonstram um período histórico
bastante próspero. Os jardins japoneses, cuja visão
panorâmica é um perfeito equilíbrio da natureza,
em que se harmonizam rochas, plantas, areias e águas correntes,
constituem um ambiente belo e suntuoso. Em Quioto, existem 60
desses encantadores jardins que são também parte
da herança cultural.
Além
de tudo isso, a cidade é o centro das indústrias
tradicionais, produzindo artigos altamente refinados, tais como
o tecido de seda Nishijin, quimonos de tintura especial conhecidos
como Yuzen, bordados, cerâmicas, artigos de laca e bonecas.
Quioto também abriga uma série de festivais, onde
o espectador revive a elegante vida dos tempos do passado.
Kobe
Com uma população de 1,5 milhão
de habitantes e a 33 km a oeste de Osaka, é o maior porto
de comércio do Japão e o portão de entrada
da região. Tem nas suas costas os Montes Rokko e é
banhada pelas águas da Baía de Osaka. A partir de
Kobe, pode-se visitar muitos locais belos e de valor histórico,
como as praias de Suma, Maiko e Akashie, a ilha de Awaji, a maior
de todas as ilhas do Mar Interior de Seto. A cidade de Kobe está
cheia de relações com o Brasil. Dela saíam
navios japoneses cheios de imigrantes para o Brasil..
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