(Texto e fotos: Arquivo
NippoBrasil)
Quarta
maior cidade da província de Osaka, Hirakata tem aproximadamente
403 mil habitantes, dos quais 4.012 são estrangeiros, boa
parte deles vinda da Europa, EUA e Canadá. Isto contrasta
com o fato de a maioria dos estrangeiros residentes no Japão
ser oriunda do continente asiático e, para entender os
motivos que levaram a esta curiosa situação, é
preciso conhecer um pouco da história de Hirakata.
Localizada
no vale do Rio Yodo, na fronteira entre Osaka, Quioto e Nara,
a região foi, no passado, um grande campo de caça
da nobreza e da aristocracia japonesa. Mais tarde, com o contínuo
desenvolvimento da rota que ligava à capital (Quioto) ao
maior porto japonês da época (Osaka), Hirakata passou
a ser um importante entreposto comercial. Esta situação
de preponderância econômica perdurou até a
Segunda Guerra Mundial, quando Hirakata se destacou no cenário
nacional como grande produtora de munição. Com o
fim do conflito, no entanto, as fábricas ligadas à
produção de artefatos bélicos foram desativadas
e demolidas.
A iniciativa
foi um subproduto da reforma que o general norte-americano Douglas
MacArthur comandante das tropas que ocuparam o Japão
após a 2ª Guerra Mundial punha em marcha no
país, e seu objetivo, na região de Hirakata, era
reorganizar a utilização do espaço físico
e dar forma planejada a sua ocupação urbana.
Como
resultado, deu-se início à construção
de grandes conjuntos habitacionais na região. A medida
tinha dois claros objetivos: injetar recursos na economia e criar
emprego, duas medidas necessárias para a recuperação
do país, seriamente debilitado após sua rendição.
Crescimento
Em
conseqüência da construção de grandes
conjuntos habitacionais, Hirakata passou a ser uma cidade predominantemente
residencial. Sua população cresceu de 40 mil habitantes
para mais de 400 mil em cerca de 45 anos, algo incomum para os
padrões históricos japoneses.
Outro
reflexo desta política urbana foi a implantação
de seis universidades na cidade. Graças a elas e aos seus
mais de 16 mil alunos, Hirakata possui uma população
de estudantes universitários duas vezes maior que a média
nacional.
Isto
ajuda a entender o motivo pelo qual tantos europeus, americanos
e canadenses residem em Hirakata em relação aos
422 brasileiros que lá vivem: comparada a outras cidades,
a oferta de emprego é pequena, e vem, com efeito, diminuindo
desde 1997.
Em
outras palavras, embora existam indústrias na região,
a demanda por mão-de-obra brasileira é relativamente
escassa, concentrando-se no setor de bentoya (lanches prontos),
plásticos, autopeças e madeireira.
Outro
aspecto importante é a inexistência de lojas de produtos
brasileiros na cidade. As compras desses artigos, via de regra,
são feitas quando o caminhão percorre a região,
ou então via takkyuubin (serviço de entregas em
domicílio).
A qualidade
de vida dos brasileiros é relativamente boa, quando analisada
sob um aspecto social mais amplo.
Atividades
esportivas, piqueniques, passeios, hospitais e centros comunitários
estão à disposição dos interessados;
além disso, há também uma página em
inglês (www.city.hirakata.osaka.jp)
com informações sobre os principais pontos turísticos
da cidade.
Passeios
O
Shiminnomori Park tem belos jardins e fontes, outra sugestão
é o Lago do Yamadaike Koen. Na primavera, não deixe
de ver a florada das cerejeiras no Makino Koen. Confira também
as ruínas do templo de Kuzuhanomiya e a colina do templo
Okamijinja. No outono, a pedida é o Boulevard do Kori Housing
Development, com sua folhagem avermelhada típica da estação.
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