Filhotes
merecem atenção redobrada na vermifugação
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(Reportagem:
Catarina Eiko | Foto: Divulgação)
Os
animais estão freqüentemente expostos a verminoses. Muito
comum entre cães e gatos, as formas de contaminação
são várias e de situações corriqueiras, uma
vez que eles têm como hábito ingerir ou lamber objetos, com
a possibilidade de conter formas imaturas dos vermes.
Existem,
porém, modos de transmissão mais específicos. O animal,
ao ingerir uma pulga, seja pelo hábito de se lamber, seja de se
coçar com a boca, pode engolir o verme chamado Dipylidium. Já
o Dirofilaria immitis, mais conhecido como verme do coração,
é transmitido por picadas de mosquitos infectados, que se alimentam
de sangue.
Os
vermes podem prejudicar também a saúde dos homens, com doenças
como a do bicho geográfico, que é transmitida
pela penetração de larvas na pele, por meio do contato direto
com solo arenoso e úmido, com fezes de cães ou gatos infectados.
Os sintomas são coceira, vermelhidão e lesões que
lembram as linhas de um mapa.
Sinais
No
animal, sintomas como diarréias, vômitos, pelagem sem brilho
(em filhotes) e esfregar o traseiro constantemente no chão são
sinais de que é necessário procurar o veterinário.
Diagnosticada
a doença, deve-se recorrer ao processo de vermifugação.
Há vários vermífugos para combater o problema; o
mais comum é por via oral em comprimido ou líquido.
Procedimento
Duas
semanas após o nascimento do filhote, já é seguro
iniciar o processo e repeti-lo na 3ª, na 6ª e na 9ª semana
de vida. Além disso, a mãe também deve ser vermifugada,
antes de dar cria e enquanto o filhote ainda se encontrar junto a ela,
pois a placenta e o leite materno podem transmitir vermes. O animal adulto
deve ser vermifugado ao menos duas vezes ao ano, ou conforme orientação
do veterinário.
As vermifugações
devem ser periódicas, pois elas não protegem o animal contra
reinfestações e deve ocorrer em todos os animais da residência.
Animais que moram ou freqüentam regiões em que há
incidência da Dirofilariose [verme do coração], devem
receber vermífugos que contenham substâncias microfilaricidas,
alerta a veterinária Luciana Angelo de Lima, do laboratório
Ceva Vetbrands.
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Para o controle
de vermes redondos, como o Ancylostoma caninum, usa-se o Pamoato de Pirantel,
o Febantel e o Oxantel. Esses ativos podem ser utilizados isoladamente
ou associados, pois, apesar de atuarem contra a mesma classe de vermes,
possuem mecanismos de ação diferentes, sendo benéfica
a associação, principalmente nos casos de resistência.
Caso o animal
esteja contaminado com mais de um tipo de verme, deverá se optar
por uma associação de ativos eficazes contra os tipos apresentados.
Mas vale lembrar que só um veterinário poderá fazer
o correto diagnóstico da verminose, com exames próprios,
e indicar o melhor vermífugo para cada animal.
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