(Reportagem:
Suzana Sakai | Foto: Divulgação)
Se
você notou uma mancha branca nos olhos de seu bichinho, fique atento:
ele pode estar com catarata.
Ao
contrário do que se pensa, essa doença, que deixa a lente
do olho esbranquiçada e chega a comprometer a visão, não
é restrita aos idosos. Ela pode atingir animais de espécie
e idades variadas. A catarata pode ocorrer devido a vários
fatores, como aumento das proteínas insolúveis, estresse
osmótico, disfunções do metabolismo nutricional,
mudanças na concentração de oxigênio, inflamações
intra-oculares, medicamentos, traumas, diabetes, exposição
a toxinas e herança genética, explica a veterinária
Carla Diele.
Principais
causas
Segundo o
veterinário do Breeds Pet Shop, Thiago Salvador, a principal causa
da catarata em cães deve-se à hereditariedade. No
entanto, ela também pode estar associada a doenças sistêmicas,
como a diabete e a hipercupremia, afirma.
No caso dos
felinos, a causa mais comum está relacionada aos traumas e inflamações.
Diferentemente do cão, no qual o fator hereditário
está entre as causas mais importantes, nos gatos, a catarata traumática
é observada com maior frequência, conta Carla.
Tratamento
Não
existe nenhuma forma de prevenção ou redução
da catarata. O único tratamento eficaz para essa doença
é a cirurgia. Segundo o Colégio Americano de Oftalmologia
Veterinária [ACVO], não existem substâncias disponíveis
capazes de tratar a catarata com algum efeito. Muitos colegas utilizam
uma gama variada de drogas [bendalina, cinerária marítima,
etc.], mas todas desprovidas de uma ação terapêutica
razoável, diz Thiago.
É importante
ressaltar que, além de não tratar a doença com eficácia,
esse tipo de remédio pode ainda comprometer o procedimento cirúrgico.
Todos os fármacos utilizados até o momento com o intuito
de reduzir ou prevenir a catarata não obtiveram sucesso, pelo contrário,
apenas retardam ou diminuem as chances de uma cirurgia bem-sucedida,
completa Carla.
Atualmente,
a cirurgia mais moderna utiliza a técnica de facoemulsificação,
que destrói o cristalino por meio de vibrações ultra-sônicas.
Após a cirurgia, o cão afácico [sem cristalino]
enxerga bem de longe e pouquíssimo de perto, mas recupera sua visão
funcional, diz Thiago.
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