(Reportagem:
Suzana Sakai | Foto: Divulgação)
Uma
ave pequena e majestosa. Assim pode ser definida a calopsita. O pássaro
encanta pelas suas belas plumas, seu jeito carinhoso e pela facilidade
em aprender diversos truques, como falar e assobiar o hino nacional.
Apesar da origem australiana, a calopsita já está bem adaptada
ao clima tropical do Brasil, mas alguns cuidados ainda são necessários.
Não deixe as calopsitas em corrente de ar. O ambiente [onde
a gaiola irá ficar] deve ser arejado, mas sem correnteza de vento,
como na frente de portas, janelas ou corredores. Devem tomar sol sempre
que possível, mas sem esquecer a gaiola no sol muito quente ou
nas mudanças de temperatura, explica a veterinária
e professora da Faculdade de Ciências da Saúde de São
Paulo (Facis), Ana Regina Torro.
Ambiente
doméstico
Companheira
e divertida, a calopsita adapta-se muito bem à rotina doméstica.
Muitos donos, inclusive, têm o costume de deixar a ave solta pela
casa, mas isso só deve ocorrer quando os proprietários estiverem
presentes. A casa é muito perigosa para um animal desse tamanho.
Já vi calopsita morrer por cair na privada, no caldeirão
de feijoada, por destruir fio elétrico e levar choque e atropelada
após voar pela janela do apartamento, afirma Ana Regina.
Segundo a veterinária,
alguns cuidados podem ser adotados para proteger a ave de certos tipos
de acidente. Cortar as penas de uma asa ajuda. Ensinar a sempre
vir encontrar o dono quando solicitada, oferecendo recompensa, também
é bem importante, diz.
Outro ponto
a ser observado é em relação à companhia dos
donos. Não se deve ficar com a calopsita o tempo todo, pois,
quando isso não for possível, ela vai sofrer muito,
ressalta Ana Regina.
Cuidados
É importante
oferecer uma gaiola ampla, pois as calopsitas irão passar bastante
tempo dentro dela. Os poleiros devem ser de galhos de árvore não
tóxica, para poder bicar, exercitar o bico e as patas.
A
limpeza, a troca de água e de alimentos deve ser diária.
Aproveite esse momento para fazer uma inspeção geral
no pássaro, observando respiração, olhos, patas,
quanto ele comeu, consistência das fezes e se há algo de
errado. O socorro em qualquer doença deve ser imediato, pois eles
se debilitam muito rápido, orienta a veterinária.
A alimentação
consiste de rações balanceadas para a espécie, mistura
de sementes também própria para calopsitas. Frutas,
verduras e legumes podem ser oferecidos diariamente sem agrotóxicos
e bem lavados, ensina Ana Regina.
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As calopsitas
desenvolvem muitos problemas respiratórios, que podem ser evitados
protegendo-as de correntes de vento e mudanças bruscas de temperatura.
Outra doença
que atinge essas aves é a monilíase, causada por um fungo
chamado Cãndida albicans. A doença produz aftas na boca
e em todo o tubo digestivo, ocasionando vômitos, indigestão
e morte. Pode-se preveni-la evitando o contato da ave com saliva
humana nos beijinhos, ou em algum alimento oferecido para o pássaro
que já tenha sido mordido ou soprado por uma pessoa, afirma
a veterinária e professora da Faculdade de Ciências da Saúde
de São Paulo (Facis), Ana Regina Torro.
Há também
alguns tipos de parasitas intestinais que causam diarréia, inflamação
intestinal e morte e são evitados mantendo-se a gaiola sempre limpa
e a comida e a água sempre frescas.
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