Quando
se fala em nutrição, os veterinários são unânimes: a ração é o produto
mais indicado. Mesmo assim, na hora da compra, alguns fatores devem
ser observados
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(Foto: Divulgação)
Uma
boa alimentação é um dos fatores primordiais para a saúde do pet. Ela
serve como fonte de vitalidade, beleza e prevenção de diversas doenças.
No entanto, são necessários alguns cuidados para que os benefícios não
se transformem em problemas. Pensando nisso, a equipe Zashi/Variedades
preparou uma série de matérias com dicas de nutrição, que começa com a
alimentação para os cães.
Quando
se fala em nutrição, os veterinários são unânimes: a ração é o produto
mais indicado. Mesmo assim, na hora da compra, alguns fatores devem ser
observados. “Os sabores não têm muita importância nutricional, mas podem
influenciar na preferência do animal. Deve-se, sim, levar em conta o tipo
de proteína usada na composição da ração [frango, carne vermelha, peixe,
peru, ovelha, etc.], que pode causar algum tipo de alergia/intolerância
intestinal ou cutânea”, afirma o diretor clínico do Hospital Veterinário
Pet Care, Marcelo Quinzani.
Alimentação
inadequada
Apesar
da indicação dos veterinário, muitos donos de pet ainda insistem em compartilhar
suas refeições com seus cães. Esse ato pode trazer diversos problemas
ao animal, já que as necessidades nutricionais dos cachorros são diferentes
das dos humanos. “Os pets jamais devem consumir alimentos humanos, pois,
por mais completa que seja a nossa alimentação, existem alguns aminoácidos
essenciais que devemos complementar no alimento dos animais e que não
estão presentes em nossa alimentação”, alerta o veterinário da Total Alimentos,
Wander Palomo.
Marcelo
também ressalta o risco de oferecer alimentos inadequados aos cães. “As
necessidades nutricionais deles são diferentes das nossas necessidades
nutricionais. As formulações das rações de origem idônea são baseadas
em anos de estudos, o que nunca conseguiríamos nas nossas formulações
caseiras, levando a deficiências, exageros ou, no mínimo, em formulações
inadequadas às reais necessidades dos cães”, completa.
Outro
grande problema na alimentação dos cães são os biscoitos e petiscos disponíveis
no mercado pet. Esse tipo de produto deve ser utilizado apenas como prêmio
para o adestramento e nos momentos certos, sem interferir no apetite do
animal em relação à ração. “É só correlacionar com uma criança que come
doces, bolachas e petiscos e que não vai se alimentar corretamente com
o que deve: arroz, feijão, carne e legumes”, exemplifica Marcelo Quinzani.
Vale
lembrar que uma alimentação inadequada pode ocasionar problemas como alterações
na qualidade da pelagem ou predispor o animal a determinadas doenças degenerativas,
como insuficiência renal, agravamento da osteoartrite por sobrepeso, hipertensão,
etc. “Nos animais senis, pode potencializar todos esses problemas, comprometendo
a qualidade de vida e a longevidade”, ressalta o diretor do Pet Care.
Porções
A
quantidade diária de ração que será oferecida ao cachorro deve ser calculada
com base no peso e na idade do animal. A indicação dessa quantidade está
descrita nas embalagens da ração.
De
acordo com Marcelo, o ideal é que esse volume seja distribuído em porções
que devem ser oferecidas de duas a três vezes ao dia. “Os animais que
comem só uma vez ao dia tendem a comer mais, pois ficam um tempo maior
em jejum e, nesses casos, podem ser predispostos a uma patologia grave,
que é a dilatação e a torção gástrica, ocorrida pós ingestão de grandes
volumes de alimento em raças de cães grandes, além da obesidade.”
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Cada
fase da vida do cachorro requer uma nutrição específica, que deve levar
em conta os nutrientes necessários para o desenvolvimento e o bem-estar
do pet. “Para filhotes até a fase adulta, deve-se oferecer um alimento
mais energético com mais proteínas e gorduras. No caso dos adultos, a
nutrição deve visar à manutenção de vida, com todos os ingredientes necessários
para sua saúde. Já para os idosos, devemos oferecer um alimento com a
presença dos sulfatos de condroitina e glucosamina, que contribuem para
uma boa saúde das cartilagens, evitando dores articulares, melhorando
a qualidade de vida do animal, e não devemos utilizar sal, pois é prejudicial
aos rins e ao coração”, explica o veterinário Wander Palomo.
Outro
fator importante é observar o tamanho do cachorro, assim como o tamanho
do grão da ração: pequeno para cães menores e grande para cães maiores.
No caso de filhote, deve-se levar em consideração a raça do animal baseada
no tamanho. Não existe diferença entre a alimentação de um maltês e de
um poodle, assim como também não existe entre um pastor alemão e um labrador.
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