(Texto:
Venerável Mestre Hsing Yün | Foto: Divulgação)
Neste nosso
mundo, há muitas situações em que as pessoas, sobretudo
as que ocupam postos elevados ou de autoridade, abusam dos privilégios
conferidos pelo cargo em beneficio próprio. Todos buscamos riqueza
e prosperidade, mas os gananciosos não apenas são insaciáveis
em sua infindável ânsia por mais, como não se detêm
diante de nada para adquirir bens de forma ilícita. Esse tipo de
gente rouba, suborna, não honra suas dívidas, pratica desfalques,
frauda e se aproveita de todas as oportunidades com o fim de lucrar. Para
fazer fortuna, alguns se envolvem até em negócios ilícitos,
tais como jogo, prostituição ou outros tipos de delitos.
Causa e
efeito
Aqueles que
ganham dinheiro usando qualquer dos meios mencionados, é certo,
não irão se livrar da retribuição, que vem
de acordo com a lei de causa e efeito. Em geral, a fortuna obtida por
tais meios não dura muito tempo. Ao longo da história, muitos
que agiram de forma ardilosa, trapaceando e roubando, abusando de seu
poder e corrompendo-se, obtiveram sucesso aparente em suas negociatas,
mas, no final, acabaram perdendo o que tinham, inclusive suas preciosas
vidas. De tudo, não sobrou nada além de infâmia. O
que se ganha, então, com atividades ilícitas?
Em nossa vida
diária, muitas vezes inconscientemente, nos apoderamos de coisas
que não nos foram dadas uma flor colhida num arbusto do
parque, por exemplo. Pode parecer trivial, mas é importante perceber
que todas as espécies de roubo ou furto nascem do hábito
de pegar pequenas coisas!
Há uma
história elucidativa a esse respeito. Um professor chama o pai
do aluno e diz: Seu filho roubou o lápis do colega.
Furioso, o pai dá uma bofetada no filho e o repreende: Como
pôde roubar o que é dos outros? Se você precisava de
lápis, eu poderia ter apanhado um punhado deles no escritório
onde trabalho. Embora isso seja apenas uma piada, incidentes desse
tipo acontecem com freqüência à nossa volta. Portanto,
é preciso permanecer atento às pequenas coisas da vida e
nos conscientizar de que podemos conquistar as coisas que desejarmos,
desde que de forma lícita. Jamais devemos nos apropriar do que
quer que seja.
|