Opinião
- 08/12/2011 - NippoBrasil
Frente Parlamentar em Defesa das Vítimas de Violência
Keiko Ota *
O assunto não é novo e, infelizmente, ainda se repete diariamente. É bem provável que você, leitor, já deva ter passado por isso. No mínimo, deve conhecer alguém que tenha sido vítima de injustiça. A situação só piora quando envolve a perda de vidas, parecendo até que não existir solução nesses casos. Longe de perdermos a esperança e de apostarmos em um cenário pessimista, é preciso acreditar na possibilidade de superarmos esse quadro de descrença e desamparo.
Temos de olhar adiante. Como deputada federal que exerce seu primeiro mandato parlamentar, tenho pautado minha atuação na defesa da paz e, principalmente, por justiça para aquelas pessoas que tanto necessitam de amparo. Essa tem sido a razão do meu mandato. Esse é o objetivo que tanto insisto em perseguir.
Sou mãe e tive meu filho Ives Ota brutalmente assassinado aos oito anos. Por isso, sei exatamente o que representa perder um parente tão querido. Tanto que decidi fazer da minha vida uma forma de lutar por justiça e auxiliar quem tenha sido vítima de violência.
Na Câmara dos Deputados, tenho me empenhado em dar voz às milhares de pessoas que não conseguem manifestar sua dor e que clamam por justiça. Meu mandato está voltado a representar aqueles que tanto precisam de ajuda. Esse é o meu foco e não pouparei esforço algum nessa caminhada.
Em 2011, assumi com muito orgulho e responsabilidade a criação da Frente Parlamentar em Defesa das Vítimas de Violência. Lançamos, no final de novembro, a Frente no Estado de São Paulo e nossa intenção, agora, é torná-la realidade em outros Estados. Já temos conversas bem adiantadas com autoridades e entidades no Pará, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Paraná.
A Frente Parlamentar visa unir poder público, movimentos sociais, ONGs, entidades e a população contra toda forma de injustiça e auxiliar quem tenha sofrido algum tipo de violência. Entre outras ações, a Frente luta pela revisão do Código Penal, para assegurar que as penalidades fixadas pela Justiça sejam devidamente cumpridas, evitando-se assim a impunidade.
Como responsável pela Frente, participo das reuniões com os juristas que analisam a reforma do Código Penal. Nessas ocasiões, procuro levar as sugestões e reivindicações das famílias e pessoas que tenham sido vítimas de violência. Para 2012, assumo o compromisso de continuar sendo representante dessa causa, que tem muito ainda a melhorar.
Essa luta não é somente minha. É de todos aqueles que acreditam ser possível enfrentar e vencer essa batalha. É importante deixar claro que não queremos vingança. Queremos, isso sim, direitos humanos para todos!
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