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Opinião - 18/10/2013 - NippoBrasil
Para relembrar Hiroshima e Nagasaki

Hélio Nishimoto*

Há exatamente 68 anos, nos dias 6 e 9 de agosto de 1945, as cidades japonesas Hiroshima e Nagasaki foram arrasadas por bombas atômicas, lançadas por aviões norte-americanos, matando, na hora, mais de 130 mil pessoas nas duas cidades. No final daquele ano, 145 mil pessoas haviam morrido em Hiroshima e 75 mil em Nagasaki.

As consequências foram desastrosas. Com um incomensurável poder de destruição, as bombas atômicas não só destruíram seus alvos como provocaram danos à saúde dos sobreviventes e também das gerações seguintes, que convivem com o receio permanente de doenças causadas pela exposição às radiações. Ainda hoje, a ciência e a medicina buscam respostas definitivas sobre os efeitos causados pela radiação das bombas de Hiroshima e Nagasaki.

Sobrevivente da tragédia de Hiroshima, Takashi Morita (89), na época com 21 anos, era um jovem policial militar. Ele conta que na hora da explosão, às 8h15min, fazia ronda na rua e que só por milagre não morreu. Pois que estava a uns 1.300 metros do epicentro da explosão que devastou tudo: casa, poste, calçada, ruas e bairros inteiros. “Uma imagem de horror que não vou esquecer jamais”, conta ele.

Em 1956, Morita-san, como é chamado pelos amigos, imigrou para o Brasil com a esposa Ayako e dois filhos (Yassuko e Tetsuji) e começou a trabalhar como relojoeiro em São Paulo.

Em 1984, sentiu necessidade de lutar pelas vítimas da bomba atômica no Brasil e fundou a Associação Hibakusha Brasil pela Paz (hibakushabrasil@gmail.com) , que começou com 27 membros, alcançando, anos depois, 241. Atualmente, são 112, com idade média de 78 anos. Entre eles estão um coreano e cinco brasileiros, descendentes de japoneses que estavam naquelas cidades no dia da explosão das bombas.

“A luta da associação é fazer com que o Governo do Japão olhe e cuide das vitimas da bomba atômica, independentemente do país onde elas residam. Nesses quase 30 anos de luta, a associação, que mantém contato com entidades de outros países, como os Estados Unidos e a Coréia do Sul, já obteve alguns avanços, como uma ajuda para exames médicos”, diz Morita.

No Japão, as vítimas da bomba atômica têm ajuda médica gratuita e o governo realiza ainda um check-up para monitorar os efeitos da radioatividade.

Mundo de paz

Com o objetivo de despertar e conscientizar as novas gerações sobre a necessidade do desarmamento nuclear e impedir a construção de usinas nucleares, Takashi Morita é constantemente convidado a ministrar palestras no país. Ele alerta os governantes sobre os perigos da radiação nuclear e cita o exemplo de Chernobil e mais recentemente o da usina de Fukushima, cujos efeitos ainda são desconhecidos, sugerindo que a humanidade procure fontes de energia limpa, que não
comprometem o futuro do Planeta.

No Brasil, a Associação Hibakusha Brasil pela Paz mantém contato com outras entidades de vítimas de contaminação radiotiva, como a do césio 137 de Goiânia e a da Nuclemon, em Santo Amaro, na capital Paulista. Recentemente, esteve com a associação de moradores de Angra dos Reis (RJ), que convive com o temor das suas usinas nucleares.

Em 2011, a Escola Técnica de Santo Amaro recebeu o nome de Takashi Morita. Essa escola conta com fotos e um painel de mensagens de agradecimento dos sobreviventes às novas gerações de brasileiros para que o legado de Hiroshima e Nagasaki não seja esquecido.

Tragédias assim, nunca mais.


*Hélio Nishimoto, deputado estadual de São Paulo
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