(Fotos:
Reprodução)
Para
os olhos dos ocidentais, os japoneses são conhecidos por
suas habilidades em miniaturizar, entre tantos outros rótulos
que essa sociedade ganhou ao longo de sua história pós-guerra.
Muitas invenções são surpreendentes devido
a riqueza dos detalhes, do peso, e mesmo do desafio em querer
ser o maior pelo menor.
Se
aparentemente tudo parece ser apenas a vontade de copiar objetos
no menor tamanho possível, essa cultura pelas coisas pequenas
mostra uma série de aspectos que envolve o pensamento dos
japoneses, de seus próprios valores à percepção
do mundo.
Alguns
estudiosos costumam relacionar essa conduta com o próprio
espaço físico restrito que delimita geograficamente
o Japão, se comparado a diversas outras nações.
Outros, acrescentam que esse comportamento é o reflexo
das tentativas frustradas de expansão enfrentadas pelos
japoneses em conflitos antigos. Sem contar os que analisam esse
comportamento como uma forma de compensação
a tudo isso, quando descobriram que pequeno e discreto
também pode ter suas qualidades.
Mantida
há muito tempo, a cultura de miniaturas pode ser vista
até através de artes tradicionais, como a do bonsai
que miniaturiza plantas e árvores em vasos, e que
é também conhecida como cultura de plantas-anãs.
Um outro exemplo são os jardins japoneses. Neles, elementos
como colinas e ondas do mar são miniaturizadas como se
fossem parte do universo.
Os
poemas haiku, de apenas 17 sílabas também mostram
esta tendência. Eles representam um estilo de poemas curtos.
Matsuo Basho (1644-1694) foi o mais famoso poeta do estilo. Mas,
foi em 1955, que uma grande variedade de produtos miniaturizados
surgiu marcando uma época. O primeiro item no período
indústrial pós-guerra foi o rádio portátil.
Depois, veio o videocassete, e então o gravador portátil,
que deu continuidade a diversos outros aparelhos como walkman,
calculadoras, televisores, câmeras, carros e computadores.
A idéia não parou até hoje e surpreeende
cada vez mais o mundo inteiro.
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