Fotos:
Divulgação / Arquivo NB
O século XX foi um período de muitas guerras,
inclusive a guerra atômica. Da mesma forma, o século
XXI já começou com guerras por todas as partes
do mundo, o que põe em risco a sobrevivência da
espécie humana. Igualmente sérios são os
problemas dos flagelados e da fome, e quase sempre as vítimas
são os mais fracos: os necessitados, as mulheres e as
crianças.
A
ação terrorista simultânea ocorrida nos
EUA em 11 de setembro de 2001 causou um grande abalo mundial.
Com isso, desencadearam-se movimentos por todo o planeta contra
o terrorismo e a guerra.
No
que consiste o Dia Internacional Contra a Guerra?
Celebrado
no dia 21 de outubro, o Dia Internacional Contra a Guerra foi
um apelo feito pela Comissão Nacional dos Sindicatos
de Trabalhadores do Japão, órgão controlador
dos movimentos trabalhistas do arquipélago, direcionado
às organizações trabalhistas do mundo todo,
como uma forma de protesto contra o bombardeio ao Vietnã
do Norte pelos americanos, em 1966. Este foi o primeiro movimento
político de alcance mundial iniciado por uma organização
trabalhista japonesa.
Nos
anos seguintes, manifestantes reuniram-se e organizaram formas
de protesto ao bombardeio do Vietnã do Norte, com visita
a Washington e a concentração de 1.500 dos principais
membros do movimento estudantil e mais de 20 mil cidadãos
na estação Shinjuku da Ferrovia Nacional. Devido
a todas essas iniciativas, o governo ativou, após dezesseis
anos, o crime de sedição, mobilizando tropas de
choque que entraram em conflito com os manifestantes. O resultado
foi a prisão de 734 pessoas. Essas manifestações
da década de 60 eram combativas e encabeçadas
por grupos estudantis e de trabalhadores.
Oposição
à Guerra Russo-Japonesa
Na
guerra entre o Império Russo e o Japão, ocorrida
entre 1904 e 1905 pelo domínio da Manchúria e
da Coréia do Norte, o Japão, mesmo sendo um pequeno
país do extremo Oriente, venceu a Rússia e tornou
o seu nome conhecido em todo o planeta. Nessa ocasião,
o renomado literato Lev Tolstói (18821945), por
sua postura humanitária, posicionou-se contra a guerra.
Também nesta ocasião, a poetisa Yosano Akiko (18781943)
compôs um poema intitulado Kimi shinitamou koto nakare
(Por favor, não morra assim, em português) para
seu irmão, que partia para a guerra contra os russos.
Em sua obra, Akiko pedia a seu irmão para não
morrer em nome do país, porque seus pais não o
haviam criado para que ele morresse em uma guerra. Foi uma corajosa
forma de expressão em tempos de conflitos.
Os
movimentos em prol da paz na era da informação
Na
época da Guerra Fria, os protestos contra a guerra eram
realizados principalmente por partidos políticos de esquerda
e sindicatos de trabalhadores de países socialistas.
Atualmente, as manifestações contra a guerra ficam
a cargo de ONGs e grupos de pacifistas de todo o mundo. Com
o advento da internet, ficou mais fácil o encadeamento
dos trabalhos em rede.
Mesmo
sob protestos de todo o planeta para que o governo norte-americano
não invadisse o Iraque e iniciasse uma guerra em represália
ao ato terrorista de 11 de setembro de 2001, os americanos partiram
para a ofensiva contra os iraquianos no dia 20 de março
do ano seguinte. Um pouco antes disso, em 15 de fevereiro de
2002, foi realizada a caminhada pela paz, com a participação
de 15 milhões de pessoas de 142 países tendo como
meta a sigla Answer Act Now to Stop War & End Racism.
As formas de protesto contra a guerra são diversificadas.
Na Inglaterra, usa-se um laço branco como símbolo
de discordância com os conflitos. Mulheres nuas formaram
em praias ou locais similares as letras da palavra PEACE. Outro
ato de protesto é a espécie de maratona que as
pessoas fazem ligando, enviando fax ou e-mail para a Casa Branca,
nos Estados Unidos, com mensagens do tipo Dont attack
Iraq durante 24 horas initerruptas.