(Fotos:
Reprodução)
As
primeiras técnicas da confecção de objetos
utilizando o bambu foram introduzidas no Japão através
dos chineses e coreanos no século primeiro (d.C.). De acordo
com estudos, os trabalhos mais antigos existentes no país
datam a partir do século 8, na região de Nara.
É
graças à rica vegetação japonesa que
as criações em bambu foram aprimoradas ao longo
dos séculos. Afinal, os japoneses contam com cerca de 400
a 500 espécies da planta encontradas nas zonas temperada
e subtropical do arquipélago.
Popularmente,
os bambus são chamados de take, e os de tamanho pequeno
denominados sasa. Ambos, no entanto, podem ser vistos freqüentemente
decorando jardins. Sua beleza é tão apreciada que
um velho conto japonês entitulado Taketori Monogatari fala
sobre uma princesa encontrada dentro de um galho de bambu e que,
no final da história, retorna à lua em meados do
mês de agosto. O conto foi escrito por volta do século
10.
Assim
como a lenda, muitos rituais incluem o bambu, que simboliza prosperidade.
No Ano Novo, o kado-matsu são as decorações
de bambu penduradas para atrair sorte e reverenciar divindades.
Ao longo do ano, eventos e festividades regionais empregam o bambu
como sinônimo de harmonia. No dia 7 de julho, no Tanabata
Matsuri festival das estrelas- escreve-se os desejos num
papel que é então pendurado em sassa-dake - os galhos
de bambu.
Uma
vez que o clima do Japão favorece o cultivo da planta,
não faltam objetos e criações dos mais diversos
tipos a partir do bambu. Cestas, pratinhos, recipientes e peças
decorativas integram o dia a dia dos japoneses, juntamente com
inúmeros trabalhos artesanais mantidos desde os tempos
antigos.
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