(Fotos:
Reprodução)
Depois
da Primeira Guerra Mundial, não demorou muitopara o Japão
começar a projetar suas próprias aeronaves, destacando
diversas características originais, especialmente nos aviões
militares. Após a Segunda Guerra Mundial, os adventos da
aviação e da tecnologia foram convertidos a propósitos
de paz e a indústria é, atualmente, respeitada em
todo o mundo.
Os
primeiros vôos no país ocorreram em 19 de dezembro
de 1910, em Tóquio. Naquele tempo, apesar dos esforços,
a tecnologia no campo da aviação japonesa não
se destacava tanto quanto a dos norte-americanos e europeus. Depois
que a Primeira Guerra Mundial estourou, aviões foram desenvolvidos
em passos rápidos na Europa, mas o Japão, embora
estivesse participando da guerra, tinha sua tecnologia na aviação
bem aquém dos outros países. Mesmo assim, eles conseguiram
desenvolver seus próprios designs.
No
final da década de 20, a produção doméstica
de aviões militares iniciou-se com tipos como o Mitsubishi-Modelo
13, produzido em 1924, e o Kawasaki-Modelo 88, construído
em 1928, que foram adotados como padrões. Esses modelos
ainda mostravam certa influência de engenheiros e técnicas
estrangeiros.
Foi
por volta de 1935 que a tecnologia da aeronáutica japonesa
começou a produzir sozinha seus aviões com características
próprias. As aeronaves domésticas datadas
a partir desse período eram praticamente aviões
de guerra, com fabricação de alguns modelos civis.
Enquanto as forças aéreas européia e norte-americana
preferiram aviões de combate, de alta capacidade, com motores
potentes e de alta velocidade, os militares japoneses preferiram
ter maior variedade de aviões de combate e que tivessem
facilidade de manobra em vôos circulares, com boa capacidade
de dar voltas. Os caças mais representativos são
o Modelo 96 (1936), Modelo Zero (chamado de Zerosen), Modelo 97(1937),
Hayabusa (1941) e Hayate (1944).
Os
japoneses não projetaram nenhum grande bombardeiro como
os americanos B-17 e B-29. Com a derrota em 1945, o Japão
foi completamente proibido de produzir e usar aviões e
todas as facilidades para pesquisa aeronáutica e fabricação
de aeronaves foi convertida para outros propósitos. Isto
durou até abril de 1952, com a conclusão do Tratado
da Paz de San Francisco.
Nos
sete anos de inatividade da indústria aérea japonesa,
o mundo, no entanto, viu surgir desde as mais simples aeronaves
até aviões a jato, sem contar que a construção
desses engenhos teve melhora em performance, estrutura e equipamento.
Mas felizmente, depois de 1952, a indústria aeronáutica
japonesa absorveu rapidamente a nova tecnologia mundial.
Em
janeiro de 1956, um Lockheed T-33A jet trainer, manufaturado pela
Kawasaki Aircraft Co. sob licença, realizou o primeiro
vôo de um jato feito pelos japoneses no período pós-guerra.
O primeiro
avião puramente doméstico foi o T1 jet
trainer, desenvolvido e construído pela Fuji Industries
Ltd. Seu vôo inaugural ocorreu em janeiro de 1958. Nos últimos
anos, Kawasaki Heavy Industries Ltd. e Mitsubishi Heavy Industries
Ltd. desenvolveram uma variedade de aviões militares usados
pelas Forças de Defesa do país. O sucesso dessas
companhias demonstra que a indústria de aeronaves japonesa
estava apta a projetar, criar design e construir todos os tipos
de aviões independentemente, incluindo jatos supersônicos.
Até
1977, quase 90% das vendas pós-guerra da indústria
aeronáutica japonesa foram feitas para responder à
demanda de defesa nacional. Fora isso, houve pedidos de Boeings
767 que a Fuji Heavy Industries, a Kawasaki Heavy Industries e
a Mitsubishi Heavy Industries começaram a construir em
1978, desenvolvendo em conjunto um projeto YX com a Boeing Aircraft.
O 767 entrou em serviço em 1982.
Atualmente,
os japoneses utilizam a fuselagem das aeronaves até para
homenagens através de desenhos comemorativos. Recentemente,
não só os aviões tornaram-se populares por
sua tecnologia, como também houve inovação
de seus próprios pilotos, com a presença das mulheres.
|