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Arquivo NippoBrasil - Edição 019 - 17 a 23 de setembro de 1999
 
Biidoro, assim era chamado o vidro no Japão
Do português vidro, a palavra biidoro refletiu o encontro dos japoneses com os objetos
do gênero importados da China e da Europa durante o período Edo (1603-1868)

(Fotos: Reprodução/Divulgação)

Amplamente utilizado sob formas e funções variadas, o material é conhecido entre os japoneses desde a época Yayoi, por volta de 300 AC. Além de biidoro, a palavra gyaman (do alemão diamant) também referia-se às qualidades do vidro. Nos dias de hoje, outra palavra estrangeira está relacionada ao produto: garassu, do inglês, glass.

No Japão, Kyushu e Quioto foram as regiões de maior concentração de objetos do gênero encontrados em épocas antigas. Além delas, Osaka destaca-se pela descoberta de uma cumbuca em vidro no túmulo do imperador Ankan (531-535), confirmando ainda mais a utilização do material.

Em Shôsô-in, tesouro dos objetos artesanais do Período Nara (710-794), seis peças de vidro mantiveram seu estado de conservação. Entre eles, uma cumbuca e uma pequena mesa, ambas de tonalidade branca. O curioso é que, para os pesquisadores, as características dessas peças são semelhantes a um grande número de outras encontradas na região de Gilan, ao norte do Irã. A conclusão, segundo estudiosos, leva a suposição de que os objetos encontrados no Japão antigo entraram no país como resultado de uma troca de mercadorias entre o Oriente e o Ocidente.

Depois disso, o vidro quase desaparece do cenário japonês, com exceção de alguns produtos vindos da China. Foi preciso muito tempo para que técnicas de fabricação se implantassem no Japão. Para alguns, não há traços evidentes da introdução de utensílios feitos de vidro no cotidiano nipônico - o que se explicaria pela característica de “natureza fria” do vidro,- não correspondendo à preferência dos japoneses pelos materiais macios e agradáveis ao toque.

Já no Período Edo (1603-1868), o Japão adota finalmente os objetos de vidro importados da China e da Europa e, ao assimiliar a técnica de fabricação, torna-se capaz de produzir. Nessa época o vidro era chamado de biidoro ( do português), ou ainda, gyaman (do alemão). A partir daí, ele é considerado como um elemento representativo da cultura ocidental.

A produção de vidro iniciou-se em Nagasaki por volta de 1676. Expandiu-se para Osaka, Quioto e Edo (atual Tóquio) e aos poucos, sua utilização encorporou-se ao cotidiano.

As primeiras fabricações de vidro cotinham uma considerável proporção de chumbo, tinham espessura fina e eram delicados. Só na primeira metade do século XIX, em Edo, houve o surgimento de algumas gravuras.

Na Era Moderna, graças aos progressos da industrialização incentivados pelo governo de Meiji (1868-1912), o vidro é fabricado para ser utilizado em arquitetura. A composição das matérias-primas também se transforma, passando para o silício, seguindo os moldes europeus. Daí em diante, diversas técnicas são importadas, inclusive às dos vitrais. Através das inovações, a fabricação atinge um progresso espetacular e as bases técnicas do artesanato moderno começam a se impor.

Simultamente, os objetos em vidro (mesmo os mais comuns e utilizados no dia-a-dia), começam a ser reconhecidos como obras de arte. Logo na Era Showa (1926-1989), os artesãos especializados em obras de vidro ganham importância e respeito. Os pioneiros são Tohichi Iwata (1893-1980) e Kozo Kagami (1896-1985).

Atualmente, os vidros produzidos no Japão são realizados pelas segunda e terceira gerações dos primeiros mestres na arte. Suas obras continuam sendo fabricadas artesanalmente e apreciadas no mundo inteiro.

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