(Fotos:
Reprodução/Divulgação)
Japão
começou a experimentar a escassez de mão-de-obra
no final dos anos 50 depois do início do crescimento econômico
no país. A demanda de trabalho nos centros industriais
urbanos resultou em um crescente êxodo de pessoas, especialmente
de jovens, vindos de áreas rurais.
Cada
vez mais, filhos de agricultores tornaram-se relutantes em seguir
a mesma profissão dos pais, partindo para outros segmentos.
Dessa forma, para continuarem sustentando suas plantações
(basicamente de arroz), os antigos agricultores viram-se forçados
a encontrar meios para se adaptar às mudanças e
novas condições geradas pela modernidade. Eles recorreram
então ao uso de recursos que melhorassem a qualidade e
produtividade de suas colheitas, abrindo espaço para maquinários
e pesquisa biotecnológica.
O declínio
da população de fazenda tem levado a
uma crônica e séria falta de mão-de-obra no
setor agrícola. Uma grande parte da atual força
na agricultura tem idade superior a 45 anos. Os agricultores que
trabalham apenas meio-período são numerosos, assim
como mais da metade dessa população é formada
por mulheres.
É
muito provável que a agricultura japonesa tenha obtido
sucesso sem a difusão de maquinários, produtos químicos
e outros artifícios que, paralelamente, incentivaram o
crescimento da manufatura e comércio. A terra passa a ser
praticamente cultivada por máquinas. Métodos tradicionais
agrícolas estão cedendo rapidamente seus lugares
através, por exemplo, da utilização de tratores
e outros veículos específicos.
Com
tudo isso, entre 1950 e 1975, houve um aumento na produção
de arroz e os agricultores foram incentivados a infiltrar-se também
nos cultivos de frutas, outros cereais e vegetais. Aos poucos,
o setor agrícola cresceu.
Como
conseqüência, os padrões tradicionais de trabalho
na lavoura começaram a conviver cada vez mais com diversos
maquinários, criando um dos sistemas mais produtivos do
mundo. Com o emprego de novas tecnologias no setor, o Japão
acabou servindo como um modelo de desenvolvimento agrícola
para outras nações asiáticas.
Atualmente,
algumas indústrias agrícolas, sempre pensando em
aprimorar suas produções, aliaram-se também
ao mundo da informática. Através de operações
computadorizadas, eles controlam melhor seu produtos, avaliando
rigorosamente a qualidade. Em plantações de crisântemos,
por exemplo, uma luz artificial é utilizada para controlar
o florescer dessas flores, mesmo durante a noite.
O desenvolvimento
da hidroponia é outro elemento de destaque na evolução
agrícola japonesa. Em 1985, um super tomate
foi a principal atração de uma exposição
em Tsukuba, na província de Ibaraki. O legume havia sido
cultivado hidroponicamente e produzia na época, cerca de
15 mil tomates por ano através deste sistema.
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