(Fotos:
Reprodução/Divulgação)
No
mundo, há muitas maneiras de se cumprimentar: o aperto
de mão, o beijo, ou mesmo encostar o nariz com outro, como
os esquimós.
Georges
Ferdinand Bigot, um caricaturista francês que visitou o
Japão na Era Meiji, final do século 19, fez questão
de desenhar o ojigi (cumprimento) de japoneses que se despediam
na estação. Talvez parecesse estranho para os ocidentais
o ato dos japoneses, que abaixavam suas cabeças repetidamente
até a partida do trem.
O documento
mais antigo que fala do ojigi é o Gishiwajinden, no século
3. Nele consta que, ao encontrar autoridades na rua, o povo cedia
o caminho e prestava homenagem abaixando suas cabeças,
ajoelhando-se e também batendo palmas. Além disso,
entre as figuras de barro escavadas em mausoléus antigos,
há algumas reproduzindo o ojigi.
Essa
prática sempre representou a manifestação
da obediência, ou seja, uma prova de respeito através
da reverência com a cabeça e o desvio dos olhos.
Antigamente
existia outra maneira de prestar homenagens, além do ojigi.
Pessoas, ao se encontrar, batiam palmas com o intuito de evocar
Deus para proteger o espírito da pessoa cumprimentada.
Esse gesto é conhecido como tamashiiburi e
mostra que existia o costume antigo de desejar a felicidade de
seu companheiro.
Atualmente,
o tamashiiburi ficou restrito aos templos, onde as pessoas batem
palmas para Deus, e o ojigi se tornou o cumprimento comum na vida
cotidiana do povo japonês
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