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Arquivo NippoBrasil - Edição 049 - 20 a 26 de abril de 2000
 
Washi
 

(Fotos: Reprodução / Divulgação)

Com a difusão do uso do computador, imaginava-se que o consumo de papel sofreria uma queda. Mas ao contrário do que pensávamos, a procura por esse produto continua crescendo progressivamente. O papel é tão importante no cotidiano das pessoas que ninguém pode imaginar a vida sem esse artigo.

O papel foi desenvolvido a partir de uma necessidade que remonta a era In e Shû na China, quando foram inventandos os primeiros caracteres. Nessa época, as pessoas escreviam em ossos de animais, metais, madeira e seda. Mas conforme as informações iam aumentando, foi preciso buscar um material mais compacto, leve e barato. O papel surgiu nesse contexto para atender essa finalidade.

Há uma versão de que o papel foi inventado pelo chefe da oficina de arte do palácio Chinês em 105. Mas acredita-se que, de fato, esse material tenha surgido durante o período de 140 a 87.

A técnica de produção de papel inventada na China, chamada de Tamesuki, foi introduzida no Japão, via Coréia, no século 6. Esse método também foi adotado por países europeus. Os japoneses, no entanto, aperfeiçoaram-na e criaram uma nova técnica denominada Nagashisuki.

Nessa nova forma de produção, os nipônicos utilizavam como matéria-prima principal o Kouzo misturada com outro tipo de material, exclusivamente usado pelos japoneses, chamado Ganpi. Aí residia a grande diferença com a técnica chinesa, que fazia do linho a principal matéria básica.

Isso possibilitou aos japoneses produzirem fibras mais compridas, permitindo um entrelaçamento mais forte. Conseqüentemente, o papel japonês, chamado de washi, tornou-se mais bonito e resistente.

Após a revolução da era Meiji, a técnica da impressão tipográfica e os papéis ocidentais feitos a partir de polpa tornaram-se indispensáveis para o desenvolvimento do país. Precisava-se, por exemplo, de grande quantidade de papel para emitir notas de dinheiro. Diante desse novo panorama, a utilização de washi perdeu espaço. Apesar disso, o jornal Nikkan, publicado desde o ano 3 da era Meiji (1870), ainda continuava a ser impresso em papel japonês.

Antigamente o washi também era utilizado para outros fins. Os mais pobres misturavam-no com o bagaço de arroz para fazer moti (bolinho de arroz). Também usavam o papel para dormir como se fosse um futon (edredon).

O papel japonês foi utilizado também na produção de shôji (biombos), fusumá (portas corrediças), andon (lamparinas), chouchin (lanternas), etc.

Ultimamente vem sendo confirmada a tese de que a substância que compõe o papel de parede atualmente utilizado no Japão produz um gás venenoso. Com o washi não há essa preocupação.

Além disso, por causa de sua característica resistente, o papel japonês era utilizado também para fazer o emakimono, uma pintura feita sob uma espécie de pergaminho.

Há pouco tempo atrás, existiam em todo o Japão casas especializadas para produzir o papel japonês. Atualmente, apenas cerca de 400 permanecem em atividade nas províncias de Kochi, Gifu, Fukui e Ehime, evidenciando um inevitável declínio nesse tipo de produção de papel.

 
 

*Esta página foi elaborada pelos professores da Aliança Cultural Brasil-Japão,
especialmente para o NIPPO-BRASIL.
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