(Fotos:
Reprodução / Divulgação)
Até
pouco tempo, os japoneses e a câmera tinham uma relação tão estreita
que surgiu entre os estrangeiros um estereótipo que ligava o japonês
como o turista com a câmera pendurada no pescoço.
Depois
da guerra, o Japão se tornou um dos países com maior número per
capita de câmeras fotográficas. Esse fato refere-se ao desmoronamento
do poderio militar japonês. A fusão entre a técnica avançada na
produção da lente criada pelos militares, a tecnologia moderna
de produção e a diminuição na dimensão da máquina fotográfica
acelerou a difusão desse tipo de produto entre povos japoneses.
Hoje,
cada membro da família possui sua máquina própria e tira a foto
do qualquer acontecimento da vida cotidiana. Também se tornou
possível, com o surgimento da videocâmera, reproduzir imagens
gravadas pela máquina fotográfica na TV e no computador. Existe
também lojas que revelam em uma hora.
A história
do retrato remonta a antigüidade. No Manyoushû, (coleção da poemas
mais antigo do Japão) há um poema de um soldado na batalha lamentando
não ter tempo para ver o retrato de sua esposa.
Já
na Idade Média, o retrato entrou na moda. A aristocracia e os
senhores feudais pediam trabalhos para retratistas. A partir da
Idade Moderna, na era Edo (1603-1867), o Ukiyo-ê (retratos de
atores populares, de beldades) tornouse tão popular, que as pessoas
corriam para comprar os últimos retratos.
A
máquina fotográfica chegou ao Japão em meados do século 19. Dizem
que, Yoshinobu Tokugawa, o ultimo Shôgun (general) da família
Tokugawa, que subiu ao poder na era Edo (1603-1867), também era
aficionado pela máquina fotográfica. Depois da era Meiji (1868-1912),
as pessoas tiravam muitas fotos de paisagem, dos costumes e do
povo, e as deixaram para posteridade como registros históricos.
No
Japão, destaca-se não apenas a atividade de fotógrafos profissionais,
mas também de amadores. Eles chegam a realizar exposições particulares
de suas fotos e também as mandam para editores a fim de colocá-las
na revista.
O papel
da foto não se restringe apenas ao registro do momento de diversão.
As fotos, às vezes, tornam-se testemunhas de acidentes e de calamidades.
Por exemplo, a foto da nuvem do cogumelo da bomba atômica que
caiu em Hiroshima seria um meio de transmitir o terror da arma
nuclear para as próximas gerações.
Acompanhando
a difusão da máquina fotográfica, a imprensa utilizou cada vez
mais as fotos como meio de comunicação, com grande influência
em nossa vida cotidiana.
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