(Fotos:
Reprodução / Divulgação)
Quando
observamos o mapa-múndi, o Japão, um arquipélago estreito e comprido
para norte e para sul, que se situa no extremo leste da continente
asiático, parece muito pequeno. Mas quando o comparamos com outros
países do mundo, o Japão já não é um país tão pequeno. Segundo
estatística da Organização das Nações Unidas (ONU), o Japão, dentre
168 países, é o 54º em dimensão territorial. Apesar de ser um
país menor do que os EUA, a China, a Rússia e o Brasil, o Japão
é maior do que alguns países da Europa, como Alemanha, Inglaterra
e Itália, e da América Latina, como Uruguai e Equador. O estereótipo
de que o Japão é um país pequeno vem da população mal distribuída,
resultante de seu perfil geográfico acidentado.
O arquipélago
japonês é formado pelas ilhas Hokkaidô, Honshû, Shikoku, Kyûshû
e outras mais de 1000 ilhotas. A área total do Japão é 370 mil
km2, sendo 72% do seu território composto pela cadeia montanhosa,
inadequado para habitação. Com isso, a população acaba se concentrando
nas planícies, no litoral e nas margens dos rios, que perfazem
os outros 28%. Daí a fama do Japão de país apertado, onde todo
espaço é aproveitado ao máximo.
Nos
primórdios, o arquipélago japonês fazia parte do continente asiático.
Com o fim da era glacial, há 12 mil anos, o clima ficou temperado,
fazendo com que o nível do mar aumentasse. Dessa forma, cerca
de 12 mil anos atrás, o Japão se separou do continente. Karafuto
(Sacalin em português) e Hokkaidô estão distantes 45 km e são
separados pelo Souya Kaikyo (Estreito de Souya). Por outro lado,
o Chousen Kaikyou (Estreito coreano), que fica entre a península
coreana e a ilha Tsushima de Nagasaki, com 200 km de extensão.
Graças
ao isolamento do seu território, o Japão não experimentou uma
invasão estrangeira, com exceção do ataque mongólico no século
13. Mas isso não significava que o Japão não mantinha relações
diplomáticas com outros países. O governo japonês enviava grupos
diplomáticos para China, que já possuía cultura avançada, a fim
de trazer conhecimentos para o país. Por outro lado, por motivos
comerciais, desde a antigüidade havia relacionamento com países
do sudeste da Ásia. Na era Edo (1603-1867), num episódio que ficou
conhecido como Sakoku, o governo japonês se isolou e fechou as
portas para outros países, com exceção à Holanda e China. Mesmo
com essa decisão, o Japão colhia informações sobre a política
mundial através desses dois países.
Dizem
que os japoneses que vivem na ilha isolada não sabem negociar
com outros países. As vezes a atitude dos japoneses, que não sabem
negar claramente as propostas, gera o desentendimento entre estrangeiros.
Este modo de agir provém do pensamento japonês, que evita ao máximo
a discordância, mesmo que para isso seja preciso abrandar suas
próprias opiniões. Mudar essa atitude é uma meta dos japoneses
para manter uma boa relação com outros países.
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