(Fotos:
Reprodução / Divulgação)
As
cerâmicas apareceram nos primeiros estágios da história
da humanidade. Tinham como objetivo conservar a água e
os alimentos, essenciais à vida humana. Também hoje,
as belas cerâmicas são bons acompanhantes para destacar
as comidas japonesas. Quaisquer cerâmicas, sejam as utilizadas
na vida cotidiana das pessoas, sejam as consideradas como artesanato,
funcionam como um relaxante para as pessoas contra o estresse.
Aproximadamente
até o século 5, no Japão, as cerâmicas
eram queimadas a temperaturas de 500 ou 600 graus. No século
6, chega da Coréia um método de produção
com temperatura mais alta. Nele, as cerâmicas são
queimadas com lenha durante muito tempo numa caverna. A temperatura
interior chega a mais de 1300 graus e ocorre o chamado fenômeno
Shizenyû, a cristalização do feldspato e quartzo
que compõem a argila. Isso faz com que a superfície
das cerâmicas se torne mais refinada.
A partir
do século 8, esse método de produção
propaga-se às várias regiões do Japão.
Destaque para as cerâmicas Bizen de Okayama, Echizen de
Fukui, Tanba de Quioto, Shiragaki de Shiga e Seto e Tokoname de
Aichi.
Yûyaku
é um produto vitrificado que cobre a cerâmica e previne
a absorção da água pela mesma. Essa espécie,
originária do Egito, foi introduzida na China na época
de Kan e posteriormente no Japão. Graças a esse
produto, surge, no século 8, em Nara, a Narasansai, uma
bela cerâmica com três cores.
No
século 13, na era Kamakura ( 1185~1333), os japoneses começam
a aprender, com a cerâmica chinesa, a técnica de
produção mais avançada. A partir dela se
estabeleceu na região Seto de Aichi a famosa cerâmica
Koseto. Quando da chegada da era Azuchi-Momoyama (1573~1598),
essa linhagem transfere o seu palco principal para região
Mino (atual sul de Gifu), originando-se daí as cerâmicas
japonesas típicas como Kiseto, Shino e Oribe.
No
final da mesma era, o general Hideyoshi Toyotomi envia tropas
para a Coréia. Isso ajudou a melhoria da qualidade da cerâmica
japonesa. Afinal, bons artesãos passaram a morar em regiões
de Kyushu e produzir os fornos de grande escala. Finalmente eles
se tornam criadores das famosas cerâmicas como Hagi-yaki
de Yamaguchi, Karatsu-yaki de Saga e Satsuma-yaki de Kagoshima.
Sanbê
Kanegae, que se mudou para cidade Karatsu de Saga, descobriu uma
jazida de porcelana branca. Utilizando esse produto, ele conseguiu
produzir as porcelanas tingidas.
Entre
os meados dos séculos 17 e 18, durante 100 anos, as porcelanas
com desenhos coloridos que foram exportados do porto Imari para
Europa e Ásia chegaram a aproximadamente dois milhões
de unidades. Elas foram transportadas pelo navio da companhia
de índias ocidentais e passaram pelas mãos dos reis
e da classe nobre desses países.
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