(Fotos:
Reprodução / Divulgação)
No
dia 1º de outubro, ocorre em todo o Brasil a eleição
de prefeitos, vice-prefeitos e vereadores. Nessa reta final, observa-se
um número muito grande de cartazes pelas ruas da cidade.
Nesse período, as gráficas lucram como nunca. Na
TV, são exibidas as propagandas eleitorais.
No
Japão, a eleição dos governadores e deputados
de cada província é conhecido como Chihou Senkyo
(eleição provincial). Por outro lado, a eleição
dos membros da câmara dos deputados e senadores do Congresso
é conhecido como Kokusei Senkyo (eleição
nacional). O povo japonês adquire o título eleitoral
a partir de 20 anos. Entretanto, para concorrer ao cargo de deputado,
é preciso ter, no mínimo, 25 anos. Para o Senado,
30 anos.
O atual
sistema eleitoral japonês foi promulgado em março
de 1994. Nele, o distrito eleitoral é dividido em 300 pequenos
distritos, além de 200 distritos de representação
proporcional. Os eleitores votam no candidato no pequeno distrito
eleitoral e no partido no distrito de representação
proporcional.
Uma
grande diferença da eleição provincial entre
o Japão e o Brasil é o número de partidos.
Por aqui, pipocam os chamados partidos nanicos. No Japão,
para evitar o excesso de candidatos, os partidos são obrigados
a depositar 3 milhões de ienes por candidato do pequeno
distrito eleitoral e 6 milhões por candidato do distrito
de representação proporcional.
Esse
dinheiro é depositado no tesouro nacional no caso em que
essas instituições não completem determinadas
condições. Por outro lado, no Brasil todos cidadãos
acima de 18 anos são obrigados a votar. No arquipélago,
votar é facultativo.
Entretanto,
para conseguir recursos eleitorais, as dificuldades entre os dois
países são praticamente as mesmas. Para os candidatos
se elegerem no Japão, há três requisitos necessários,
Jiban, Kanban e Kaban. A palavra Jiban representa a estreita ligação
entre candidato e sociedade provincial. A Kanban representa grau
de notoriedade dos candidatos e Kaban significa dinheiro.
A faixa
e luva branca são os artigos indispensáveis na campanha
eleitoral do Japão. Os candidatos as usam para identificá-los.
A faixa faz referências ao nome do candidato. A luva, ao
partido. A luva branca também representa a pureza. Em tese,
quem a usa nunca seria um corrupto. O carro da campanha eleitoral
percorre a cidade inteira fazendo propaganda do candidato pelo
alto falante. Antigamente tocavam-se repetidamente o nome dos
candidatos. Mas hoje, esse modo de propaganda foi proibido. Também
é admitido colar cartazes apenas num determinado lugar.
Além
disso, os candidatos não podem visitar pessoas e pedir
votos. Também os eleitores sempre têm o boneco conhecido
como Daruma e pintam apenas um de seus olhos quando eles se candidatam
e pintam o outro olho como sinal de gratidão quando eles
são eleitos.
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