(Fotos:
Reprodução / Divulgação)
Mangá
(história em quadrinhos) é um artigo que representa
a cultura popular japonesa, enquanto no Brasil a TV é mais
popular entre o povo. Um cientista social argumenta que, no Japão,
o mangá é tido como um espelho que reflete a preocupação
e esperança do povo em relação ao problema
do trabalho ou do sexo. No Japão, estão disponíveis
vários tipos de mangá que atendem à qualquer
necessidade de consumidores, de qualquer faixa etária,
e também independente do sexo. Todo ano, a venda de mangá
no Japão chega a cerca de 1.5 bilhão de ienes. Não
há outro país que venda tanto mangá quanto
no Japão. Mas existem também mangás imorais
que não devem ser recomendados para as crianças.
Takashi
Yanase, um roteirista de mangá japonês, aponta que
as crianças ficam viciadas por programas de TV e mangá
imorais devido a falta de vitalidade da educação
escolar. A imposição do velho método educativo
apenas faz com que fiquem desanimados os alunos que estão
na fase de crescimento.
Antigamente
havia uma época em que mangá era sinônimo
de livro prejudicial devido às suas histórias violentas
e imorais. Mas, hoje, com o surgimento da computação
gráfica, as pessoas tendem a adquirir as informações
através de visualização e desenhos, ao invés
de leitura de um livro, por exemplo, que tem muito
texto para ler. Com essa tendência, houve a alteração
sobre a avaliação de mangá. Atualmente roteirista
de mangá é uma profissão que atrai cada vez
mais as crianças.
Osamu
Tezuka (1929-1989) é um roteirista de mangá que
representa o Japão. Tezuka é considerado no Japão
como o Deus do Mangá. Ele dá seu primeiro passo
com a publicação da história em tirinhas
no Jornal Mainichi aos 17 anos.
Logo
após ele se torna famoso quando lança o mangá
Shin Takara Jima, composto por 200 páginas. A partir daí
começa a seguir a carreira como roteirista de mangá.
Dizem que cerca de 400 mil unidades foram vendidas numa época
em que as pessoas tinham dificuldades para encontrar alimentos.
Após
o primeiro lançamento, ele continua a escrever não
apenas o mangá japonês tradicional, mas também
Sci-Fi (Ficção Científica), que prognostica
os acontecimentos do futuro. Em 1952, finalmente aparece o famoso
Testuwan Atomu, a história de um menino robô que
luta em nome da paz.
Ao
mesmo tempo, Tezuka era também o pioneiro do mangá
destinado às meninas. Entre eles destaca-se Ribon no Kishi,
a história de uma menina amazona na idade média
na Europa. A menina angustia-se pelo fato de ter nascido mulher.
No Hi no Tori (54-67), um destaque entre suas obras, ele trata
sobre a regeneração da humanidade.
Por
outro lado, Budha é um mangá que conta sobre a vida
da Budha. Além disso, no Adolf ni Tsugu, ele mostra a crueldade
da guerra e insanidade de humanidade através da vida permeada
por altos e baixos de um menino. Em 1963, Tetsuwan Atomu é
transmitido na TV em preto e branco e, 2 anos depois, Jangle Taitei,
uma história de leão em cores. Essas duas obras
foram exportadas para outros países e ganharam fama.
Ele
era colaborador da divulgação do manga em outros
países. Em 1986 ganha o prêmio Mangá da editora
Koudansha.
Qual
é popularidade do mangá de Tezuka? Como resposta
sobre essa pergunta, um americano, Fred Schobt, cita, no seu livro,
Mangá Mangá, os seguintes pontos: talento inato
dele como compositor da história, bom senso de adaptação
das idéias no mangá, curiosidade e interesse sobre
qualquer coisa e o fato de que o mangá dele foi baseado
em amplo conhecimento geral e científico. De fato, ele
era médico formado pela Universidade Osaka Furitsu e passou
até no exame estadual de medicina.
No
Brasil também existem muitos fanáticos por mangá.
Há também mangá em japonês e em português.
A partir de Pokémon, muitos desenhos animados japoneses
atraem as crianças brasileiras. Por outro lado, no Japão,
até pessoas adultas costumam ler o mangá no trem
e no ônibus. Ao olhar de um estrangeiro, esse ato deve parecer
muito infantil. Mas dessa maneira os japoneses podem distrair
o espírito e relaxar.
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