(Fotos:
Reprodução / Divulgação)
No
Japão, o Dia de Finados, conhecido como Obon, ocorre por
volta do dia 15 de julho no calendário lunar. Por outro
lado, no Brasil, a data cai no dia 2 de novembro.
No
Dia de Finados, muitas famílias visitam os túmulos
de parentes a fim de orar pela felicidade das almas dos seus ancestrais.
Esse costume origina-se do Urabonkyou, uma escritura budista que
conta a história de Mokuren, um aprendiz de Shaka, o fundador
do budismo. Diz a história que Mokuren, não agüentando
de ver o sofrimento da sua mãe que caiu no inferno, seguindo
o conselho de Shaka, ora, no dia 15 de julho, pela ascensão
de sua mãe para o céu.
No
Japão, no dia 13 de julho, as pessoas instalam um altar
chamado de Seirei-tana e colocam velas, frutas e verduras, numa
oferenda às almas dos ancestrais que retornam a seus lares.
Quando chega a noite, acende-se uma fogueira chamada mukaebi na
frente da casa para guiar as almas dos mortos para suas residências.
Entre
os dias 14 e 15 de julho, as pessoas costumam visitar os túmulos
e pedem ao monge para fazer uma oração. Ao visitar
aos túmulos, as pessoas lavam lápide e tiram capim
que nascem em volta dele.
Também
existem os japoneses que acreditam numa superstição
de que não devem eliminar o musgo e a sujeira encontradas
na lápide. Depois da limpeza, a família o decora
com flores e dispõe um feixe de incenso. Além disso,
durante esse festejo, as pessoas se divertem com Bon-Odori, um
tipo de dança folclórica japonesa.
No
dia 16, ao encerrar o festejo, acende-se uma outra fogueira conhecida
como okuribi para as almas dos mortos retornarem ao céu
com segurança. Normalmente, nessa fogueira é utilizado
o caule do linho. No interior do país as pessoas costumam
jogar as frutas e verduras no rio, oferecidas durante Obon. Essa
cerimônia é conhecida como Seirei-nagashi.
Quando
morre um dos membros de uma família, o primeiro Obon após
a sua morte é chamado Niibon. A família dispõe
uma lanterna chamada de bon-chouchin na casa e convida os amigos
para jantar. Normalmente os convidados levam os artigos que serão
oferecidos para as almas dos mortos e acendem um incenso.
Nos
templos também há um costume parecido com o que
ocorre na casa. Os espíritos dos mortos têm boa acolhida
com a oferenda de alimentos. Esse costume chegou da China na era
Heian (794-1192) e é conhecido como segakie.
O rosário
é um artigo indispensável na época do Obon.
Ele é um anel formado com uma bolinha grande e 108 outras
bolinhas menores ligadas por uma corda. Dizem que esse número
corresponde com o de aflições mundanas que as pessoas
possuem. Elas oram repetidamente até que as aflições
sejam eliminadas do seu espírito. Daí sua forma
anelada.
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