(Fotos:
Reprodução / Divulgação)
Hoje,
o Japão é famoso entre os estrangeiros por ser um
país possuidor de tecnologia avançada. Mas até
a década de 50, o que mais os impressionava era o Monte
Fuji. Essa bela montanha com 3.776 metros de altura divide as
províncias de Yamanashi e Shizuoka.
O Monte
Fuji fica ao lado da Tôkaido, uma das principais estradas
do Japão, que liga Tóquio a Quioto. Sua localização
conveniente permite, desde a antigüidade, que as pessoas
possam apreciá-la.
Existem
muitas lendas relacionadas ao Monte Fuji. Uma delas pode-se observar
no Taketori-Monogatari, a fábula mais antiga do Japão.
Segundo a lenda, um imperador apaixonado por uma menina que nasceu
de um bambu ganha um remédio que lhe garante vida eterna.
Mas, ao ver a impossibilidade de conquistar o coração
dela, ele perde o sentido da vida e queima o remédio na
montanha. Dizem, no Japão, que em conseqüência
dessa trágica paixão, permanece a fumaça
no cume da montanha até hoje.
Também
há uma lenda de que Shoutoku-Taishi, um príncipe
do século 6, subiu a cavalo até o topo em apenas
uma noite. Ainda existe um documento histórico que registra
a pesquisa de um funcionário do palácio sobre a
erupção vulcânica no século 9. De acordo
com o registro, já na época havia alguns moradores
no sopé da montanha que adoravam o Fujisan, como é
carinhosamente chamada a montanha, como um monte sagrado.
Apesar
de tantas histórias, a lenda mais famosa a respeito do
Monte Fuji é a de Jikigyou Miroku (1670-1733), um homem
que jejuou durante 31 dias no local e morreu rezando, já
que ele pedia o fim da miséria e da falta de comida que
afligiam a região. Dizem que ele escalou a montanha 32
vezes durante toda sua vida.
Posteriormente,
a vida acética levada por Miroku no Monte Fuji é
registrada num livro e expande-se entre seus discípulos
que o admiram como fundador de Fujikou, a instituição
formada por budistas que veneram o Fujisan. Dessa maneira, na
era Edo, o Fuji tornou-se um local bastante visitado por turistas
e religiosos.
Apenas
depois da era Meiji, o Monte Fuji tornou-se uma estância
de lazer para milhões de japoneses em férias, que
vão ao local em busca de descanso e recreação.
Em 1860, Rutherford Alcock, primeiro embaixador inglês no
Japão, escalou o Fujisan com cerca de 100 companheiros.
Depois
de seis anos, quando era ainda proibida entrada de mulheres no
Monte Fuji, a inglesa Harry Smith Parkes sobe o monte e acaba
sendo alvo de críticas no Japão. Walter Weston,
um missionário estrangeiro atraído pela beleza do
local, divertiu-se escalando com suas amigas.
Com
a inauguração da ferrovia Tôkaido, no fim
do século 19, e Fujisanroku, em 1929, além da abertura
de estradas que levam os motoristas até o Monte Fuji, surgiram
os primeiros hotéis e atrações na região.
Hoje, a montanha ainda possui um radar com 5 metros de diâmetro
e serve também como observatório meteorológico,
além de abrigar, em seu pé instalações
do exército.
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