(Fotos:
Reprodução / Divulgação)
MUDANÇA
- Entronação de Akihito
representou o início da Era Heisei
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Estamos
no ano de 2015, mas no calendário de Eras (nengô
ou gengô) estamos no ano 27 da Era de Heisei. Uma pesquisa
feita com os japoneses indica que 60% preferem o gengô ao
calendário ocidental. Preferem que haja um significado
no calendário e não somente números, como
deve ser num país em que se usa o ideograma.
Atualmente,
só o Japão usa oficialmente o gengô. Na China,
com a formação da República, o calendário
de Eras foi abolido e em 1910 a Coréia também fez
o mesmo, quando da anexação do país pelo
Japão. Para os outros o nengô não significa
nada e sem dúvida o calendário ocidental é
mais prático. Muitos jovens japoneses também acham
que o nengô deveria ser abandonado. Mas o uso desse calendário
facilita a compreensão do estudo da história, por
épocas.
A origem
desse calendário é extremamente antiga, tendo-se
começado na China. O ano subseqüente da posse do novo
Imperador tornava-se o ano 1 de uma nova Era e assim sucessivamente.
Oficialmente o nengô passou a ser adotado no ano 140 a.C.
Por
influências da Coréia o Japão adotou o Ciclo
Eto (ciclo sexagenário), mas a partir do ano de 645 adotou-se
o Taika. Em 710 passou-se para o Taihô que continua até
os dias de hoje. Em 1868, com o começo da Era Meiji, determinou-se
que só haveria uma Era para cada Imperador. Até
então, a cada bom presságio ou catástrofes
naturais a Era alterava-se, mesmo que o imperador fosse o mesmo,
para que o espírito do povo mudasse.
Os
nomes da Eras são escolhidos dentro das escritas antigas
chinesas e do sishô gokyô (Nove Clássicos Chineses).
Mesmo hoje podemos ver a grande influência chinesa. A seguir
o quadro com as Eras e os respectivos anos no calendário
ocidental.
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