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Arquivo NippoBrasil - Edição 097 - 29 de março a 4 de abril de 2001
 
História do quimono - Parte Final
 

Pessoas envolvidas com o mundo da tradição japonesa, como aquelas que apresentam danças típicas ou que trabalham em restaurantes em estilo japonês, vestem o quimono muito mais vezes do que a maioria da população.

(Fotos: Reprodução / Divulgação)

Os japoneses estão sempre atentos às quatro estações do ano e suas roupas também diferem conforme essas mudanças climáticas. Estando em sintonia com as fases de suas vidas, os japoneses dão bastante importância, por exemplo, aos eventos que marcam o crescimento da criança; além disso, as pessoas trocam seus quimonos para que combinem com as estações do ano e com as ocasiões de momentos especiais.

Entre 30 e 100 dias após o nascimento de um bebê, os pais, parentes e avós o levam a um santuário para anunciar seu nascimento.

Outro evento importante na vida de uma criança é o festival chamado Shichi-go-san (“sete-cinco-três”). Neste festival, realizado em novembro, os pais de meninos de cinco anos e de meninas de sete e três anos levam seus filhos a um santuário para agradecer aos deuses por manter as crianças fortes e saudáveis, permitindo o seu crescimento. Elas vestem quimonos nessa ocasião.

Aos 20 anos, os jovens comemoram o dia visitando um templo no Dia da Passagem para a Idade Adulta, realizado na segunda segunda-feira de janeiro. Nesse dia, as moças vestem o furisode (quimonos com longas mangas esvoaçantes) e os rapazes vestem o hatori (uma espécie de sobretudo, porém mais curto, na altura do joelho) decorado com o símbolo da família e o hakama, uma calça bem larga.

O furisode é usado apenas por mulheres solteiras, já que conta-se que certa vez, uma jovem declarou seu amor por um homem agitando a longa aba da manga de seu quimono.

No casamento, a noiva veste um belo quimono branco conhecido como shiromuku. A cor branca significa o início de uma nova fase, de uma nova trajetória. Uma vez que a mulher é casada, a mesma deixa de usar o furisode e passa a usar o tomesode, um quimono com mangas mais curtas. O tomesode pode ser tanto preto como colorido. Os pretos, com o símbolo da família, são reservados para ocasiões formais como o casamento de um parente. Os coloridos podem também ser usados em situações que pedem certa formalidade, mas nem sempre apresentam aquele símbolo. O que caracteriza o tomesode tanto o preto como o colorido, é que somente a parte de baixo do quimono é estampado.

 

Como vestir o quimono

Geralmente veste-se primeiro o tabi (meias), as roupas de baixo e a saia que envolve a pessoa de um lado a outro e então o quimono de baixo (nagajuban), que é firmemente amarrado com uma espécie de “cinto” largo (datemaki). O nagajuban possui uma longa gola (han’ eri), normalmente branca que mostra 2 centímetros, acima da gola do quimono, vestido por cima do nagajuban envolto pelo obi. O lado esquerdo do quimono fica por cima do direito; o oposto, ou seja, quando o lado direto fica sobre o lado esquerdo, só é feito quando há um funeral.

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