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Arquivo NippoBrasil - Edição 098 - 5 a 11 de abril de 2001
 
Casas Japonesas

(Fotos: Reprodução / Divulgação)

Passado mas de meio século após a Guerra, pode-se dizer que o estilo de vida japonês se ocidentalizou muito. As construções residenciais tipicamente japonesas são raras hoje em dia. Mas o tatami (esteira com junco japoneses, muito usado no judô) e o shoji (portas com armação de madeira cobertas com papel) continuam. Uma fusão entre o ocidental e o oriental. Num cila quente e extremamente úmido como o do Japão era ideal que as casas tivessem fusuma (portas corrediças), shoji e portas de vidro que são ideais para a troca de ar. Abrindo-se o fusuma e o shoji, a casa inteira se tornava um só comôdo.

No estilo ocidental as casas devem ser bem divididas com o ambiente externo, através de tijolos e concreto, para proteger-se do frio, calor, ventos e chuva. A ventilação e a iluminação feitas através de janelas e do jardim interno. Segundo um famoso arquiteto francês, Monsieur Corbisier, a arquitetura ocidental é a “Luta das Janelas”. Estruturalmente falando é difícil dar a janela uma abertura ilimitada. A construção japonesa não faz uma divisão clara entre ambiente externo e interno, o engawa (varanda) torna-se parte da casa, impede o frio mas permite a circulação eficiente do ar, permite que a luminosidade entre abundantemente e ainda-se ganha a paisagem.

A base desse tipo de construção origina-se na Era Kamakura. Até então a influência religiosa era grande e as construções eram orientadas por pontos cardeais e outros tabus, a melhor sala era onde deveria se ficar o altar para reverência, tornando-se o centro da casa.

Mas os samurais mudaram isso, o espaço sacro foi reduzido a altares, a dependência principal tornou-se a sala de visitas e os quartos, cozinha eram bem singelos. Até então o tatami, mesmo na corte e na nobreza, era usado em uma só parte do cômodo mas a partir da Era Kamakura, com a redução do tamanho das dependências, o tatami passou a cobrir tudo. Então houve uma mudança também na maneira de sentar-se. Antes disso os homens sentavam-se com as pernas cruzadas (agura) e as mulheres sentavam-se com só uma das pernas flexionadas (tatehiza) passaram a sentar em cima dos pés (seiza). Um quarto com tatami é muito versátil pois basta forrar um edredon para que ele torne-se um aposento, colocando-se uma mesa tinha-se uma sala de jantar e se chegassem visitas era só colocar algumas almofadas para se ter uma sala para receber as pessoas. O quarto não possuía muitas mobílias. O tokonoma (espaço nobre, sagrado) surgiu nessa época, pois havia a necessidade de um local para colocar os quadros e enfeites importados da China.

O shoji trouxe a luminosidade impedindo o vento. O amado (porta corrediça externa) além de proteger do vento e da chuva traz mais segurança a noite.

Na Era Meiji, o estilo ocidental propagou-se principalmente nas instalações militares e escolas, a cadeira tornou-se comum. Após a 2ª Guerra Mundial o “Estilo de Vida Americano” tornou-se o padrão. No estilo ocidental a privacidade era importante e os quartos se tornaram individuais. A privacidade estava estabelecida mas pode-se dizer que houve um detrimento da comunicação familiar. Recentemente com o aumento de metrópoles e da população o número de condomínios tem aumentado e a qualidade da casa japonesa tem ficado para trás. Os armários (oshiire) de concreto não tem uma boa ventilação e acumulam muita umidade mas, com certeza, o maior mal que esse tipo de construção nova tem trazido são o stress e as doenças que vão se desenvolvendo lentamente existindo até um termo novo para isso, sick house (casa da doença).

 
Kanji

*Esta página foi elaborada pelos professores da Aliança Cultural Brasil-Japão,
especialmente para o NIPPO-BRASIL.
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