(Fotos:
Reprodução / Divulgação)
O
dia 23 de abril é o Dia Internacional do Livro. A data
no Japão é chamada de Dia de São Jorge e
envia-se livros às pessoas mais próximas. Logicamente,
o objetivo é aumentar a venda de livros.
No
dia 30 de abril comemora-se no Japão o Dia da Biblioteca.
No Brasil o dia 18 de abril é o Dia Nacional do Livro Infantil
e de Monteiro Lobato. Muitos dizem que, como há muitos
outros tipos de diversão, os adultos e crianças
de hoje não têm mais tempo para a leitura. Mas vamos
analisar as estatísticas.
Após
1997, as editoras japonesas têm apresentado um crescimento
negativo. No ano de 1999 as vendas de livros atingiram 993,5 trilhões
de ienes, revistas 1.467,1 trilhões de ienes, totalizando
2.460,6 trilhões de ienes. O número de novas publicações
chega a 62.621 títulos, cerca de 170 por dia mas 40% disso
é devolvido.
Em
1999 havia cerca de 20 mil estabelecimentos entre editoras e livrarias,
620 encerraram suas atividades e 1.323 estabelecimentos estão
numa situação difícil. Do total, 85% das
editoras e 70% das livrarias concentram-se em Tóquio.
Apesar
de não comprarem os livros, o número de usuários
de biblioteca tem aumentado. Em relação aos europeus,
os japoneses têm uma forte tendência a comprar os
livros e guardá-los em casa mas a melhora das bibliotecas
de escolas públicas, o hábito de leitura, a falta
de espaço nas residências e a abertura das bibliotecas
universitárias ao público em geral tem contribuído
para esse aumento de empréstimos em bibliotecas.
Até
a Era Edo, o livro era algo extremamente caro. Eles eram escritos
a mão ou impressos através de placas de impressão
escavados em madeira. A impressão tipográfica era
conhecida desde o séc. 16, através de tecnologia
importada de Portugal e Coréia, mas o custo era muito alto.
O povo só tinha acesso as obras através de um sistema
de empréstimo. Ingressando na Era Meiji, com a melhoria
dos impressos, a implantação do sistema escolar
e conseqüente impressão de material didático
as técnicas de impressão evoluíram rapidamente.
Com
o advento da mídia digital, muitos anunciaram a triste
previsão da extinção dos livros mas não
acredito que isso acontecerá, mesmo na Era Internet, pois
a alegria de se ter um livro nas mãos, os sonhos e a realidade
que eles nos fornecem é insubstituível. Logicamente
a busca por informações é muito mais rápida
num computador do que no formato impresso mas ainda as informações
mais específicas e técnicas são encontradas
somente nos livros.
Atualmente
as lojas de conveniência 24 horas têm aumentado a
oferta de livros e revistas. As lojas de conveniência venderam
só em livros e revistas 54,5 trilhões de ienes,
um aumento de 8,8 % em relação ao ano anterior.
E as vendas continuam crescendo. Existe um outro problema, a cópia
ilegal de livros. Estima-se que em 1997 mais de 37 milhões
de livros foram copiados ilegalmente, um prejuízo de 34,9
trilhões de ienes.
|