(Fotos:
Reprodução / Divulgação)
O
dia 1º de maio é o Dia Internacional do Trabalho e
são realizadas passeatas e protestos de sindicatos trabalhistas
em vários países.
A origem
desta data está em 1 de maio de 1886, quando 190 mil trabalhadores,
ligados aos sindicatos de trabalhadores de todo os Estados Unidos,
abandonaram seus postos de trabalho para a realização
de uma greve geral.
O slogan
era 8 horas de trabalho, 8 de descanso e 8 de educação.
A greve obteve sucesso e 42 mil grevistas conseguiram obter a
redução da jornada de trabalho, além de mais
15 mil que obtiveram os mesmos resultados mesmo sem participar
da greve. Em 4 de maio do mesmo ano um confronto entre manifestantes
e polícia deixa muitos feridos e mortos. Cinco líderes
trabalhistas são condenados à morte.
Em
1989, na Segunda Internacional realizada em Paris, decide-se institucionalizar
o dia 1º de maio como o Dia Internacional do Trabalho para
não esquecer a tragédia ocorrida nos Estados Unidos.
No ano de 1890 a iniciativa propagou-se pelo mundo. No entanto,
em grande parte dos Estados dos E.U.A. a data do Dia do Trabalho
de 1º de maio foi alterada para a primeira segunda-feira
de setembro.
Houve
uma manifestação comemorativa em 1905 no Japão
mas devido as pressões a primeira comemoração
do Dia Internacional do Trabalho só aconteceu em 1920.
Havia então 15 organizações com cerca de
10 mil associados. A data foi celebrada até 1936, mas a
opressão e a prisão de manifestantes era comum.
Finda
a Segunda Guerra Mundial, em 1946, ocorre uma grande manifestação
do Dia do Trabalho mesmo sob o domínio militar americano.
Já em 1952, quando se ocorria a transição
de país ocupado a independente, manifestantes e polícia
se confrontam defronte ao Palácio Imperial, local onde
era proibido qualquer tipo de manifestação. Foram
usadas armas de fogo e bombas de gás contra os trabalhadores.
Saldo da batalha, 260 acusados, 1,3 mil presos, 500 feridos graves
e 5 mortos. Até hoje a data é relembrada como O
Dia do Trabalho Sangrento. Atualmente as manifestações
e passeatas são pacíficas.
Os
sindicatos no Japão são organizados em áreas
de atuação da empresa. Os trabalhadores se reúnem
pelo tipo de indústria para formar uma associação.
Uma das características dos sindicatos japoneses é
que a maioria dos administradores e gerentes de empresas foram
membros do sindicato antes de serem promovidos. Certamente isso
parece uma contradição, mas para o futuro da empresa,
é importante que os funcionários que ocupam esses
cargos conheçam os dois lados. Dos cerca de 35 milhões
de empregadores no ano de 1994, só 12 milhões participavam
dos sindicatos, não ultrapassando 28%.
Duas
vezes por ano, na primavera e no outono, existe uma luta
por aumento dos salários. Essas batalhas são conhecidas
como Shuntou (batalha de primavera) e Shuutou
mas as vezes a impressão que se tem é que é
uma atividade que ocorre o ano inteiro.
Os
dados de 1993 indicam que a renda familiar se encontra em 570.545
ienes por mês, sendo que o chefe de família tem em
média 45,3 anos.
Graças
à luta desses trabalhadores no passado, muitos países
criaram leis trabalhistas, e no Brasil, pode-se dizer que os trabalhadores
adquiriram muitos direitos após o governo Vargas.
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