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Kyuudoo, a arte do arco e flecha


A arte marcial teve seu auge no século 16, utilizada pelo guerreiros

 

Fotos: Divulgação / Arquivo NB

Dentre as chamadas de artes marciais no Brasil, o judô chegou a fazer parte dos jogos Olímpicos como uma das modalidades e o kendô (esgrima japonesa) também é bastante popular. Entretanto, kyuudoo parece nao ter sido tão difundido.

 
 

O AUGE DE KYUUDOO

Desde a antiguidade, as pessoas utilizaram arcos e flechas, confeccionando o arco com galhos de arvores, o fio com cânhamo torcido e a flecha com ponta de pedra, utilizando penas de faisões, pombos selvagens, gansos selvagens, acores e grous. Sabe-se que utilizavam esse instrumento para caçar animais. Nas escavações arqueológicas surgem pontas de flexas de pedra e na mitologia japonesa também constam as palavras arco e flexa.

Entretanto, o auge de sua utilização foi do final do Periodo Heian até o Periodo de guerras civis no século 16, época da ascensão dos bushi ou guerreiros. Seu alcance é normalmente de 300 a 400 metros, chegando a atingir até uma distância de 800 metros e dizem que trespassavam armaduras e cascos de barcos. Nas gravuras dessa época que retrataram os comandantes de tropas montados a cavalo, os mesmos sempre portavam arco e flexa. Havia também uma atividade chamada inuoumono (perseguição de cães) na qual soltavam-se cães em uma arena circular de 38 m de diâmetro e competiam atirando flechas contra eles.

O SURGIMENTO DA ARMA DE FOGO

O método de guerrear mudou radicalmente devido a chegada das primeiras armas de fogo em Tanegashima, no ano de 1543, introduzidas pelos portugueses. Como a arte de lidar com metais já havia sido dominada, não houve dificuldades em desmontar a arma de fogo e reproduzí-la. Entretanto, a novidade ficou por conta do parafuso, que foi dificil reproduzir. Em 30 anos, a arma de fogo se difundiu em todo o Japão, e as batalhas eram decididas pelos daimios que compravam um grande número de armas de fogo e tinham um batalhão de atiradores. Tokugawa Ieyasu, com quem iniciou-se o Período Edo também importava e protegia a fabricação das mesmas.

A AUSÊNCIA DE GUERRA NO PERíODO TOKUGAWA

Em 1603 foi unificado o governo e desde então nos 250 anos subsequentes praticamente não ocorreram guerras. No Periodo Edo, o arco e flecha que era armamento de combate sofreu transformação para kyuudoo, ou seja, a arte marcial do arco e flecha, para o aprimoramento espiritual dos guerreiros. Dizem também que o oitavo shogun Tokugawa Yoshimune (1684-1751) gostava de caçar falcões e por isso treinava a pontaria lançando diariamente 6.000 flechas. Reuniu também as antigas bibliografias sobre kyuudoo e formou uma compilação da arte de arco e flecha. No final da era feudal, os guerreiros não tinham mais o espírito de batalha, assim, quando um deles foi interrogado se teria habilidade para “puxar” um pouco (hiku no sentido de lançar flecha), este pensou que haviam-lhe questionado se saberia “tocar” (hiku no sentido de tocar instrumento musical) shamisen.

YABUSAME

É uma técnica, ressuscitada pelo shogun Yoshi-mune,consiste em lançamento sucessivo de flechas a partir de um cavalo em movimento. Era uma forma de treinar a habilidade, mas foi também utilizada em cerimônias religiosas, e que ainda hoje é preservada. Há uns dez anos atrás, um grupo de praticantes de yabusame vindo do Japão fez uma exibição no Jockey Clube daqui. Na ocasião, o grupo vestido a caráter como guerreiros medievais foi muito aplaudido.

O ATUAL KYUUDOO

Dizem que o kyuudoo atual é um misto dos estilos Ogasawara e Heki. O tamanho padrão do arco é de 2,21m. O comprimento das flechas é um pouco mais longo que a própria altura do arqueiro. Atualmente o arco e flecha ocidental é muito procurado, mas deseja-se que a tradicional arte de kyuudoo não seja esquecida.

 

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