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Bushido

Cena de uma guerra envolvendo samurais no Japão antigo
 
Fotos: Divulgação / Arquivo NB

Bushido/ Dia das crianças

No dia 5 de maio é comemorado o Dia das Crianças. Antigamente, a data era reservada para se orar pelo crescimento saudável dos meninos. Assim, desejando que os meninos cresçam fortes como um samurai, os pais enfeitam a casa com miniaturas de guerreiros, elmos e armaduras, ostentando no quintal o koinobori, carpas de tecido flutuantes ao vento, pedindo que as crianças não se entreguem diante de situações adversas - assim como as carpas sobem o rio contra o fluxo das águas. Há também o chamado shobuyu (ou banho de íris aromático) que se trata de banho de ofurô (banho de imersão), onde se colocam folhas de íris aromático. Assim, acreditava-se que maus fluidos seriam eliminados protegendo de doenças, pelo ano todo, as crianças que nele se banharem. Shobu, o nome da planta, possui a mesma pronúncia de shobu , outra palavra que significa “espírito guerreiro”, e por ser uma planta da estação, foi estabelecida essa relação.

Atualmente, a data é feriado nacional, festejada tanto por meninas como por meninos. Recentemente, um filme produzido em Hollywood, intitulado O último samurai, obteve no Brasil um grande sucesso.

Filosofia do Samurai - Ideal do Samurai


Elmo utilizado pelos guerreiros japoneses no século XVI


Armadura de Tokugawa e Ieyasu, datada de 1560

Uma conhecida frase contida em Hagakure (1716), o livro sagrado do samurai (de Tsunetomo Yamamoto - 1659-1719 - súdito do feudo de Saga), diz: “A filosofia de bushi está na morte”. Isso significa que “mesmo sendo chamado de morte fútil, quando estiver no limiar entre a vida e a morte, deve-se posicionar para o lado da morte. Não há necessidade de pensar se essa atitude seria fiel ou infiel, leal ou desleal. Simplesmente ensina-se para escolher a morte. Bushido é pensar toda manhã na sua forma de morrer, imaginando somente a sua imagem gloriosa na morte, e assim eliminar o apego em relação à vida”. Afirma, ainda, com frieza, que “esse mundo é como se fosse um boneco mecanizado.”

No seu livro intitulado Budo Shoshinshu (introdução à filosofia de samurai), Daidoji Yuzan (1639-1730 - estrategista) explica também que “desde o primeiro até o último dia do ano, deve-se preparar ininterruptamente para a morte. Concentrando-se na morte, não se desviará do caminho da fidelidade e da lealdade, podendo livrar-se de todos os males e infortúnios. Estará fisicamente livre de doenças e calamidades, terá longevidade, aprimorando-se o seu caráter e incorporando virtudes.”

Mesmo Miyamoto Musashi (mestre em esgrima - 1584-1645), que nunca sofrera uma derrota em toda a sua vida, escreveu que “deve-se dominar firmemente o caminho da tática de luta, estudar bem a arte marcial, compreender plenamente o correto modo de ser de um samurai, cultivando-o diariamente, e com empenho, a força da mente e do pensamento, sem que sua mente se iluda, e compreender que ao se transpor as nuvens da ilusão encontrará o verdadeiro vazio.”

Por que se exigia dos guerreiros uma moral tão rígida assim? Diz-se que o motivo está no fato de ter sido o modo de viver de um samurai um modelo dentro da sociedade feudal. Apontam os historiadores que, se pensarmos com base na democracia atual “a fidelidade ao seu senhor resulta em progresso moral, no controle da nação e na paz social, sendo construído sob a sensação de unidade entre a natureza e a moral, vindo a ser um estudo sobre o ensinamento feudal que coloca os espíritos humanos em formas a fim de moldá-los.” Como mostra o filme O último samurai, a imagem daquele que, por “fidelidade”, batalha e sucumbe diante de modernos armamentos e grandes exércitos, daquele que trabalha dedicando toda a sua força, emocionou e provocou compaixão de um soldado estrangeiro.

 

O senso de belo do samurai

Os samurais tomavam banho de ofurô ao se despertar, raspavam os cabelos do alto da cabeça para fazer o tradicional penteado, perfumavam os cabelos, aparavam as unhas dos pés e das mãos, lixavam-nas com pedra-pomes, e por fim, as poliam com uma erva chamada koganeso para dar brilho. Preocupando-se com a sua aparência, diziam que o samurai “deve procurar trazer sempre junto de si o rouge. Assim, ao acordar depois de uma embriaguez ou quando a aparência do rosto estiver apática, poderá aplicá-lo no rosto. Para manter sempre a sua aparência digna, deve sempre olhar-se no espelho.”

Dizem também que o amor ideal de um samurai é aquele secreto, apontando para o caminho do homossexualismo ao invés de um amor entre sexos opostos. Dizem que o amor sumamente belo é aquele não declarado até o fim, sendo revelado somente após sua morte. Ao partir para uma guerra, o samurai perfumava o seu elmo e a armadura e partia com uma leve maquiagem. O elmo e a armadura, não teriam sido objetos de utilidade prática, e sim objetos de arte na busca do belo.

 

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