Outro dia recebi uma mensagem de e-mail de uma amável leitora
que acompanha minhas colunas no NippoBrasil e que, diante dos profundos
conhecimentos que eu deixara transparecer, permitiu-se fazer
uma consulta de natureza profissional.
Contou-me ela que, após alguns anos trabalhando no Japão,
retornou ao Brasil no ano passado e logo retomou o seu curso de
Direito que interrompera no terceiro ano. Porém, acrescentou
que, embora tenha a intenção de concluir o curso daqui
a dois anos, ainda no Japão, teve o seu interesse despertado
também para a área de Recursos Humanos. Talvez influenciada
pela experiência nas fábricas onde chegou a atuar como
Líder de Setor. Surgiu daí a dúvida: deveria
continuar estudando Direito ou seria melhor redirecionar o seu objetivo
especificamente para o setor de RH. Não deixa de ser uma
boa dúvida!
Neste caso, sem pretensão de ser o dono da verdade, ponderei
que, por estar cursando o penúltimo ano e pelo sacrifício
e custos financeiros já investidos, sem dúvida, o
sensato seria concluir o curso atual e imediatamente preparar-se
para um concurso público, que hoje, seria uma das melhores
opções como carreira profissional. E sobre o seu pouco
interesse em advogar que manifestara, poderia pensar, paralelamente,
em atuar na área de RH, procurando uma oportunidade nesse
setor, principalmente em Administração de Pessoal
ou no Contencioso Trabalhista. Enfim, o curso de Direito propicia
um bom embasamento teórico para essas atividades.
Para JOVENS em início de carreira, atualmente, há
um leque de opções para a escolha de uma profissão.
Mas, será possível escolher a profissão certa
ainda na adolescência? Esta é uma das perguntas mais
recorrentes de quem está começando a pensar na vida
profissional. Infelizmente não existe uma fórmula
que possa ser aplicada para respondê-la.
Na maioria das vezes, o jovem pensa que faz uma escolha profissional
definitiva para a vida ao escolher um curso de graduação.
Porém, este é um pensamento equivocado. A escolha
não deixa de ser uma decisão muito importante, mas
não é para toda a vida, porque muitas coisas podem
mudar pelo caminho. Escolher uma profissão não significa
definir toda a sua carreira. A profissão é um dos
componentes do seu projeto de vida, mas, é preciso ter em
mente que o mercado muda, as pessoas mudam e que é preciso
estar preparado para, muitas vezes, ter de ajustar o caminho.
Analisando o comportamento dos jovens nos últimos anos,
percebe-se que muitos buscam ingressar em áreas que sejam
mais rentáveis ou por modismo de alguns cursos
e, assim, acabam entrando na longa fila dos profissionais esperando
por uma vaga de emprego.
Resumidamente, elenco abaixo três itens fundamentais que
devem ser levados em conta na hora de escolher a profissão:
1) Visão macro, mundial, da profissão que for escolher
e não se restringir apenas ao cenário local de uma
região ou país. Pesquisar muito.
2) Afinidade com a carreira que pretende abraçar.
3) Estabelecer um projeto de vida, a curto e a longo prazo.
Enfim, não existe um método quase infalível
para ajudar nesse momento tão importante da vida de um jovem
que é escolher a sua profissão. Escolha aquilo que
lhe dê mais prazer e satisfação. Quem gosta
do que faz, certamente vai se dar bem lá na frente, sendo
FELIZ e, quem sabe, com muito dinheiro.
Boa sorte!
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