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Conversando de RH

18 de julho de 2016
O meu maior legado

Acredito que não seja uma exclusividade deste escriba, mas depois que resolvi afastar-me parcialmente das lides profissionais (eufemismo de aposentado), sou constantemente assediado pelas lembranças e mesmo por sonhos, daquele período no qual , durante mais de 40 anos, estive envolvido com a área de R.H, como executivo e empresário. Bons e difíceis momentos, mas impossíveis de ignorar. Daí, provavelmente, as reminiscências. Sentimentalismo piegas à parte, não posso deixar de reconhecer que, nessas horas da saudade, surge como conforto a ideia de um legado que despretensiosamente possa ter deixado, após o meu afastamento das atividades diuturnas.

O que seria um legado? Segundo o dicionário, “legado é uma disposição feita em testamento para beneficiar outra pessoa; é deixar algo, de valor ou não, para outra pessoa e vem do latim “legatus”. A verdade é que todo mundo deixa um legado na vida, intencionalmente ou não, que pode ser algo bom ou ruim. Isto depende daquilo que você deixa ou deixou para os seus seguidores; seja para as empresas onde trabalhou, para a família, amigos, colaboradores ou admiradores. É um conceito como as outras pessoas pensam e se sentem em relação a você, após anos de convivência pessoal ou profissional.

Um legado não se constrói de um dia para outro; exige uma experiência de vida, construída dia após dia, durante semanas, meses e anos, quando seu exemplo de conduta, dedicação, competência e ações positivas serviram de referência e inspiração para outros profissionais e amigos. Trabalhando desde os 13 anos de idade, fui aprendendo ao longo do meu amadurecimento profissional, a força da reputação, o quanto influenciamos as pessoas com quem nos relacionamos diariamente, notadamente os jovens em início de carreira, a importância do que pensamos e agimos e, sobretudo, como tomamos decisões nas empresas e como as ajudamos nos seus momentos mais difíceis. É muito gratificante ser lembrado por ex-chefes, pares e colaboradores como alguém que deixou uma marca positiva, de muito profissionalismo e comportamento ético.

Sem falso cabotinismo, surgem-me à lembrança os vários times de profissionais qualificados que consegui reunir ao longo desse tempo, alguns iniciando como recém-formados, outros até como aprendizes , que se destacaram e se desenvolveram como profissionais talentosos, capazes e competentes. Muitos, mantiveram-se ligados a mim durante anos, como a Jaudira, o Monteiro, Milton, Renata, Harumi e outros; e após longa convivência, foram buscar novos desafios e se transformaram em executivos ou em empresários de sucesso. Sonia é um exemplo deles, parceira fiel e com talento na arte de cativar clientes; tem também a Lia; a Deise, uma batalhadora, de secretária foi ser engenheira e empresária; a Heliane e seu marido Gilberto, um jovem brilhante, que de aprendiz chegou a posição de diretor financeiro em uma multinacional. Sem deixar de mencionar aqueles que, por motivo de força maior, foram buscar e encontraram no Japão a segurança que necessitavam, como o Newton, a América e a irrequieta e polivalente Eloisa. E por fim, dezenas de outros amigos e clientes, alguns de longas datas, outros um pouco mais recente, como o Enio, Rafael, Washington, Jo, Gilson, Carlos, Mauro, Sergio, Bruno, Reny, Mel, Gisele, e tantos mais, aos quais sou muito grato pela confiança, prestígio e amizade.

“A única coisa de valor que podemos deixar de legado para nossos filhos é o que somos, não o que temos.”



Katsuo Higuchi
Profissional de RH; como executivo e empresário , atua
na área há mais de 40 anos. Foi diretor da empresa AVANCE DO BRASIL.
e-mail: rk.higuchi@gmail.com

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