O fim de ano provoca em mim sensações
conflitantes, que vão de alegria e entusiasmo a melancolias
e preocupações. Sempre me assustou um pouco a chegada
dessa época, confesso. Talvez, por ter sido empresário
e, quem já foi, sabe bem a que estou me referindo. Eu sou
daqueles que já no início de dezembro, procura uma
agenda nova e lá anota os compromissos principais, como os
financeiros e exames médicos de rotina, principalmente. Depois,
os compromissos profissionais postergados para o novo ano, os aniversários,
e um ou outro assunto que não pode ser esquecido.
Quer queira ou não, é sempre uma época
em que somos levados a efetuar um balanço pessoal
e profissional. Registro as ocorrências de fatos e momentos
auspiciosos, positivos, que levamos à coluna de crédito,
assim como situações e acontecimentos que nos desapontaram
e entristeceram, que lançamos, a contragosto, em débito.
Analisamos as perdas e ganhos e nos propomos às mudanças
necessárias para que o próximo ano seja melhor, mas
que sabemos que quase sempre não as cumprimos. Até
nos esquecemos de erros cometidos que são repetidos. Porém,
os erros que cometemos sempre nos servem de lição,
como afirmou a escritora Lya Luft com muita propriedade: Ganhar
ou perder faz parte do nosso processo de humanização.
Com as perdas, só há um jeito absorvê-las.
Com os ganhos, o proveito é saborear cada um como uma boa
fruta da estação.
Sei que a vida prosseguirá, com ou sem o
calendário chinês ou maia ou com horóscopo favorável
ou não. Um ano novo estará iniciando e isto é
muito bom, pois essa continuidade é que nos revigora e nos
dá novas esperanças.
Tem gente que não liga para isso, para os
anos novos. Dizem que tudo é igual, um dia após o
outro, e que foi a gente quem inventou esse negócio de calendário.
Não deixam de ter razão, em certo aspecto. Mas, cá
entre nós, é tão boa a sensação
de saber que temos 365 dias pela frente, para fazer tudo de novo,
tudo certo desta vez, como amar mais as pessoas, cultivar as amizades,
estudar e aprender um pouco mais sobre tudo, sorrir mais, valorizar
as coisas que realmente importam, aprender a perdoar, ser mais tolerante
e ter mais FÉ.
Aos leitores, amigos, amigas e clientes que, moradores
das mais variadas regiões, alguns tão distantes como
no Japão, EUA, França ou Canadá, ou em outros
estados, no RJ, RS, BA, SC e MA, prestigiaram este humilde escriba,
agradeço a confiança, o carinho e a paciência,
mas, antes de tudo, agradeço à minha família
e a Deus por tudo, inclusive pelas perdas e ganhos em
2015. A Ele entrego a direção de minha
vida e projetos futuros. Porém, ficaria ainda mais agradecido
se Ele puder olhar, também, para o nosso querido
Brasil, que tanto necessita de ajuda neste momento de extrema
preocupação política e econômica.
A TODOS, UM FELIZ ANO NOVO!
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